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31 de maio de 2016
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17:58

Mais uma vez, reunião entre governo e Cpers termina sem avanços

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Sul 21
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Mais uma vez, reunião entre governo e Cpers termina sem avanços
Mais uma vez, reunião entre governo e Cpers termina sem avanços
Numa reunião rápida, negociações entre governo e comando de greve não avançaram|Foto: Comunicação/;Seduc
Numa reunião rápida, negociações entre governo e comando de greve não avançaram|Foto: Comunicação/Seduc

Da Redação

A terceira reunião entre o comando de greve e o governo José Ivo Sartori (PMDB) terminou como as outras duas: sem avanços na pauta de reivindicações da categoria, que está em greve desde o dia 16 de maio. Na manhã desta terça-feira (31), o encontro, ao contrário dos demais, foi muito rápido, durando menos de trinta minutos.

O governo apenas oficializou por escrito, conforme pediu o Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), a resposta à pauta da categoria entregue no dia 13 de maio, data em que foi aprovada a paralisação. “Eles apenas transcreveram e assinaram a falta de propostas apresentada na última reunião que tivemos. Vamos repassar este documento a todas as escolas do Rio Grande do Sul para que todos os professores e funcionários de escola vejam a falta de respeito deste governo com os educadores e a educação pública”, criticou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

Entre as reivindicações estão o pagamento do piso nacional com reajuste imediato de 24% referente a 2015 e 2016, a manutenção do difícil acesso, vacinação contra a gripe para todos os professores e a retirada do projeto da Assembleia Legislativo que abre caminho para que organizações sociais gerenciem órgãos públicos em áreas como saúde, educação, cultura e meio ambiente. O secretário da Educação, Vieira da Cunha, que deve ter se reunido pela última vez com o comando de greve, já que deixará o cargo para concorrer à Prefeitura da Capital pelo PDT, disse que não há condição de conceder o aumento de 24%, uma vez que o governo não está conseguindo nem pagar os salários em dia dos servidores. Em relação ao documento entregue, o secretário afirmou  que assinava a resposta de um governo como um todo.

“É do conhecimento de todos a precária situação financeira do Estado. Portanto, reafirmamos que há uma impossibilidade material de conceder qualquer aumento, uma vez que o governo sequer consegue integralizar a folha de pagamento do funcionalismo dentro do mês”, ressaltou Vieira.

A falta de avanço nas reivindicações, segundo Helenir, só reforçará a greve. “Temos um responsável pela continuidade da greve e essa pessoa é José Ivo Sartori. A ele, informamos que não vamos retroceder, vamos continuar mobilizados e cada vez mais fortes até que ele nos apresente propostas as nossas reivindicações. Este governo terá de aprender a respeitar os educadores e a comunidade escolar”, frisou ela.

Denúncias sobre agressões

Na rápida reunião, os representantes do comando de greve denunciaram, ainda, diversos atos de violência contra estudantes que ocupam escolas em todo o Estado. Agressões físicas e ameaças, de acordo com o Cpers, ocorreram tanto na Capital quanto no interior. “Vamos responsabilizar a Seduc e as CREs (Coordenadorias Regionais de Educação) pela falta de proteção a esses estudantes que estão exercendo o direito de greve. Tivemos, em audiência passada, a garantia do secretário adjunto de Educação de que isso não iria ocorrer. Mas não é que está acontecendo. Vamos fazer a denúncia necessária para proteger nossos alunos”, alertou Helenir.


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