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19 de setembro de 2014
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14:42

Pnad: Brasil tem 96 milhões de trabalhadores ocupados e 6,7 milhões de desempregados

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Sul 21
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Pnad: Brasil tem 96 milhões de trabalhadores ocupados e 6,7 milhões de desempregados
Pnad: Brasil tem 96 milhões de trabalhadores ocupados e 6,7 milhões de desempregados
Carteira de Trabalho
Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Da Rede Brasil Atual

O número de pessoas ocupadas no país somou 95,9 milhões em 2013, crescimento de 0,6% sobre o ano anterior, enquanto os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram 3,6%, chegando a 36,8 milhões, 76,1% do total. Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (18) pelo IBGE. Os desempregados somam 6,7 milhões, alta de 7,2%, com a taxa média de desocupação subindo de 6,1%, em 2012, para 6,5% – mesmo assim, é a segunda menor na série que vai de 2001 a 2013. Segundo a Pnad, a população economicamente ativa (PEA) era formada por 102,5 milhões.

Dos quase 96 milhões de ocupados, 57,2% eram homens e 42,8%, mulheres. A maior parte (48,2%) tinha 11 anos ou mais de estudo. Quase metade (46%) está no setor de serviços.

No emprego formal, a pesquisa mostrou aumento em todas as regiões, com destaque para o Nordeste (6,8%) e o Sul (5,3%). A proporção de trabalhadores com carteira no setor privado é maior no Sul (83,4%) e no Sudeste (81,5%) e menor no Nordeste (61%), apesar do crescimento.

Do total de ocupados, 61,9% – o equivalente a 59,3 milhões de pessoas – contribuíam para a Previdência e por tanto tem seus direitos grantidos. O número cresceu 3,4% em relação a 2012. A proporção de contribuintes fica acima da média no Sudeste (70,9%), Sul (72,7%) e Centro-Oeste (65%) e abaixo no Norte (44,8%) e no Nordeste (44,2%).

Em 2013, havia quase 20 milhões (19,7 milhões) de trabalhadores por conta própria. Destes, 18% (3,5 milhões) estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Eram 16,8% no ano anterior. Provavelemente os que nao tem registro de CNPJ são os trabalhadores da agricultura familiar, que atinge ao redor de 16 milhões de trabalhadores adultos.

Na taxa de desemprego (6,5%), os dados mostram grande variação. A menor foi registrada na região Sul (4%) e a maior (8%), no Nordeste. A do Nordeste está em 7,3%, a do Sudeste em 6,6% e a do Centro-Oeste, em 5,7%.

Quanto o recorte é por faixa etária, a taxa de desemprego é maior entre os mais jovens: 23,1% para pessoas de 15 a 17 anos. Vai a 13,7% na faixa de 18 a 24 anos e a 5,3% no intervalo de 25 a 49. Acima de 50 anos, está em 2,4%.

O rendimento médio real do trabalho dos ocupados foi estimado em R$ 1.681, crescimento de 5,7% sobre 2012 (R$ 1.590). Também aqui, os números evidenciam diferenças regionais. O maior valor médio é da região Centro-Oeste (R$ 1.992) e o menor, do Nordeste (R$ 1.148), embora tenha crescido também 5,7%. A maior alta foi apurada no Sul, 8,1%, com o rendimento estimado em R$ 1.872. No Sudeste, onde o aumento foi de 5,3%, a renda média de todos os trabalhos é de R$ 1.903. O Norte cresceu 4,7%, para R$ 1.322.

PNAD 2013 retrata mercado de trabalho e condições de vida no país
Imprimir E-mail ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 18 SETEMBRO 2014

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, indicando que a população do país foi estimada em 201,5 milhões de pessoas, sendo 51,5% de mulheres, 46,1% de brancos e 37,6% de pessoas de 40 anos ou mais de idade.

A população desocupada cresceu 7,2% em relação a 2012, e a ocupada cresceu 0,6%. A taxa de desocupação se elevou de 6,1% para 6,5% em 2013 (foi o ano com a segunda menor taxa na série harmonizada de 2001 a 2013). O trabalho com carteira assinada, no entanto, continuou a crescer, subindo 3,6% em relação a 2012 e abrangendo 76,1% dos empregados do setor privado. O trabalho das crianças e adolescentes recuou 12,3% em relação a 2012, o equivalente a menos 438 mil crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos no mercado de trabalho.

O país registrou aumento real de 2012 para 2013 no rendimento mensal domiciliar (de R$ 2.867 para R$ 2.983), de todos os trabalhos (de R$ 1.590 para R$ 1.681) e de todas as fontes (de R$ 1.516 para R$ 1.594). As medidas de distribuição de renda (índices de Gini) ficaram praticamente estáveis em todas as comparações com o ano anterior, mas melhoraram em relação a 2004. Todas as categorias de emprego obtiveram ganhos reais de rendimento do trabalho principal em 2013, sendo o mais expressivo entre trabalhadores sem carteira (10,2%).

O número de domicílios particulares permanentes no país foi estimado em 65,1 milhões em 2013, 85,3% deles com rede de água, 64,3% com rede de esgoto, 89,8% com coleta de lixo, 99,6% com iluminação elétrica e 92,7% com telefone. O percentual de domicílios que tinham computador com acesso à Internet aumentou para 43,1%. Cerca de 86,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet no período de referência dos últimos três meses em 2013, 50,1% do total nessa faixa etária.

A pesquisa traz também uma série de resultados harmonizados, de 2001 a 2013 (que exclui as áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá), na qual é possível constatar redução nas taxas de analfabetismo (de 12,4% em 2001 e para 8,2% em 2013) e de desocupação (de 9,4% para 6,6%), além de aumento no percentual de empregados com carteira de trabalho assinada (de 55,3% para 65,2%) e no rendimento mensal real de trabalho (de R$ 1.300 para R$ 1.681) e de todas as fontes (de R$ 1.315 para R$ 1.594).

A PNAD é realizada pelo IBGE desde 1967 e apresenta informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas. Os resultados de 2001 a 2012 (reponderados com base na última projeção de população) e os de 2013 estão disponíveis no endereço www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013.

Fonte: IBGE


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