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10 de abril de 2021
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21:01

Covid-19: Fiocruz alerta para cenário crítico no Sul e Centro-Oeste nas próximas semanas

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Sul 21
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Covid-19: Fiocruz alerta para cenário crítico no Sul e Centro-Oeste nas próximas semanas
Covid-19: Fiocruz alerta para cenário crítico no Sul e Centro-Oeste nas próximas semanas
Foto: Silvio Avila/HCPA

Da Redação

O Boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgado divulgado neste sábado (10) alerta para o risco de agravamento da pandemia de covid-19 nas regiões Sul e Centro-Oeste nas próximas semanas.

O boletim aponta que a maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e no Distrito Federal. Já as taxas de mortalidade mais elevadas foram verificadas nos estados do Rondônia, Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.

Segundo a instituição, esse padrão coloca as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.

O levantamento quinzenal, cuja edição atual refere-se ao período entre os dias 21 de março de 3 de abril, mostra ainda que as faixas etárias de 30 a 39, de 40 a 49, e 50 a 59 anos continuaram sendo aquelas com aumento mais notável de casos da enfermidade: respectivamente, 1.218,33%, 1.217,95% e 1.144,94%.

Além da manutenção do rejuvenescimento da pandemia no Brasil, a comparação entre a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro de 2021) e a 12 (21 a 27 de março) sinalizou um aumento global da casos de 701,58%.

Para os óbitos, a comparação entre o mesmo período mostrou um crescimento global de 468,57%. As faixas que mantiveram crescimento superior ao global foram 20 a 29 (872,73%); 30 a 39 (813,95%); 40 a 49 (880,72%); 50 a 59 (877,46%); e 60 a 69 anos (566,46%).

Enfrentamento da pandemia

Segundo o Boletim, múltiplos fatores contribuíram para este novo patamar da pandemia. Para enfrentar o atual cenário, os pesquisadores ressaltam que é fundamental a combinação de diferentes medidas, envolvendo as não-farmacológicas, o sistema de saúde e as políticas e ações de proteção e assistência social para redução da vulnerabilidade e do impacto social.

“É preciso que haja convergência e integração dos diferentes poderes do Estado brasileiro (Executivo, Legislativo e Judiciário), assim como os diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), com participação das empresas, instituições e organizações da sociedade civil (de nível local ao nacional) para o enfrentamento deste momento bastante crítico e grave da pandemia”, alertam.

Como exemplo de boas soluções contra o avanço da pandemia no Brasil, a análise traz as medidas de bloqueio adotadas em Fortaleza, na região metropolitana de Salvador e no município de Araraquara. Os impactos positivos dessas medidas em países como Itália e Espanha também são citados no documento.

Quanto à imunização, os pesquisadores observam que o Brasil ainda está distante dos valores necessários para que o país tenha “uma situação de maior controle’. As primeiras doses das vacinas foram disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), até o período em análise, para 13% da população acima de 18 anos e as segundas doses para apenas 3,68%.


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