Da Redação
O governo do Estado apresentou nesta quinta-feira (10) a oitava e última etapa da pesquisa de prevalência do novo coronavírus no Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento, um em cada 72 habitantes já foi infectado pela doença recentemente ou com carga viral suficiente para ser detectado pela testagem.
Na apresentação dos dados, o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, destacou que a evolução científica permite saber agora que pessoas que foram contaminadas pela covid-19 em março ou abril podem já não ter anticorpos detectados, o que não se sabia no início da pesquisa.
Nessa etapa, foram realizados testes em 4.500 pessoas, de nove cidades do RS. A pesquisa estima que 156.753 moradores do Estado já tiveram a doença. O número, no entanto, pode variar de 120.362 e 200.559, pela margem de erro. Na primeira fase do levantamento, ainda em abril, estimava-se que houvesse um caso positivo para cada 2 mil pessoas.
A última etapa mostrou ainda uma situação mais preocupante no município de Canoas, onde a maioria das contaminações (19) foram detectadas. Na sequência apareceram os municípios de Passo Fundo (10), Porto Alegre (9), Santa Cruz do Sul (6), Pelotas (5), Caxias do Sul (5), Santa Maria (3), Uruguaiana (3), Ijuí (2).
Solidariedade ao reitor da UFRGS
No início de sua fala, Hallal destacou a participação de outras universidades na pesquisa, mas, especialmente, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na pessoa do reitor Rui Oppermann. “Eu quero fazer um agradecimento especial aos colegas da UFRGS, em nome do reitor Rui Oppermann, que recentemente foi reeleito para seguir fazendo a administração da universidade pelos próximos quatro anos, deve ter a sua nomeação confirmada na semana que vem”, disse Hallal.
A menção se destaca especialmente porque a UFRGS vive um momento inédito, em que os escolhidos pela comunidade acadêmica podem não ser nomeados para a direção. O deputado federal Bibo Nunes (PSL) afirmou hoje que Carlos André Bulhões, terceiro colocado na consulta à comunidade acadêmica, será nomeado novo reitor pelo governo de Jair Bolsonaro.
