Da Redação
Bateu recorde nesta quarta-feira (02), pelo segundo dia consecutivo, o número de internações por covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de Porto Alegre. Eram 349 por volta das 16h30. Se somados aqueles com suspeita de contaminação pela doença – e que precisam dos mesmos cuidados até a confirmação -, chegavam a 379. A taxa de ocupação das UTIs estava 91,72%.
O recorde anterior, batido ontem, era de 345 pacientes diagnosticados com coronavírus nas UTIs da Capital. No dia 13 de agosto, havia sido registrado o maior número de internações do tipo desde o início da pandemia, com 342 pacientes de covid-19 internados simultaneamente.
Desde o início de agosto, a Prefeitura de Porto Alegre vem flexibilizando as restrições impostas para tentar conter o avanço do coronavírus e impedir o colapso do sistema de saúde. No dia 10, um decreto autorizou a retomada de atividades econômicas nos setores do comércio, indústria e serviços, inicialmente, em razão do dia dos pais. Na sequência, novas medidas foram reduzindo cada vez mais as restrições.
Ontem, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) assinou novo decreto, permitindo que estabelecimentos comerciais funcionem de segunda-feira a sábado, das 9h às 17h. Já os shoppings poderão abrir de segunda a sábado, das 12h às 20h. Os restaurantes, tanto de rua quanto de shoppings, bares, padarias, lancherias e similares poderão atender ao público das 11h às 22h, também de segunda a sábado.
Em 25 de agosto, o prefeito disse à rádio Gaúcha considerar que havia “uma clara estabilização” na ocupação de leitos de UTI na Capital. O próprio chefe do Executivo sempre destacou que o índice era o principal indicador considerado pela sua gestão para definir as regras de flexibilização de atividades na cidade durante a pandemia.
Segundo o último boletim divulgado pela Prefeitura, na noite de terça-feira, Porto Alegre tem 24.683 casos confirmados de coronavírus e 711 óbitos desde o início da pandemia. A Capital superou a marca de 500 mortes em 13 de agosto, quando, em menos de 45 dias, viu o número de vítimas fatais do vírus quintuplicar.