Coronavírus
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17 de julho de 2020
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21:55

Marchezan: ‘Ou diminuímos a circulação drasticamente a partir de hoje, ou vamos pro lockdown’

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Sul 21
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Marchezan: ‘Ou diminuímos a circulação drasticamente a partir de hoje, ou vamos pro lockdown’
Marchezan: ‘Ou diminuímos a circulação drasticamente a partir de hoje, ou vamos pro lockdown’
“Falta muito pouco para a decretação de um lockdown”, disse Marchezan.
(Foto: Anselmo Cunha/ PMPA)

Da Redação

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), afirmou, em uma live realizada no final da tarde desta sexta-feira (17), que falta muito pouco para a decretação de um lockdown na cidade. “Já fizemos praticamente tudo o que era possível. Falta muito pouco para faltar apenas o lockdown. Ou diminuímos a circulação drasticamente, não a partir de amanhã, mas a partir de hoje, a partir de agora, ou nos encaminhamos para o lockdown na próxima semana”.

Acompanhado pelo Secretário Municipal da Saúde, Pablo Sturmer, Marchezan atualizou a situação do avanço da covid-19 na cidade, em especial quanto à ocupação dos leitos de UTIs nos hospitais do município, que está na casa dos 90%. No início da tarde desta sexta, dos 748 leitos de UTI em operação em de Porto Alegre, 649 (90,14%) estavam ocupados e 259 (34,63%) deles eram por pacientes em tratamento de covid-19.

Marchezan ressaltou que, seja qual for a medida que for tomada agora, ela pode levar até 15 dias para fazer efeito, levando em conta o tempo de incubação do vírus. “Isso que dizer que se parássemos completamente hoje, levaria cerca de 15 dias para obtermos resultados positivos”.

Marchezan relatou que fez um novo apelo às estruturas hospitalares do município para que ajudassem a Prefeitura a expandir a capacidade de atendimento. A resposta praticamente unânime que recebeu é que estão todos no limite e que o gargalo não é a existência de leitos ou equipamentos, mas sim de profissionais capacitados fazer o acompanhamento necessário dos pacientes nos leitos de UTI. O prefeito afirmou que também pediu às direções dos hospitais que conversem diretamente com a população explicando essa situação.

“Não tem solução fácil nem imediata. Todos precisam entender isso. O que precisamos é aumentar o isolamento drasticamente agora. Por isso faço um apelo à consciência humana das pessoas. Não podemos aceitar que tenhamos pessoas morrendo em Porto Alegre por falta de atendimento ou que nossos profissionais de saúde sejam obrigados a ter que começar a escolher entre quem vai ser atendido e quem não vai”.

Marchezan também apelou às lideranças empresariais da cidade para que entendam a gravidade da situação e a necessidade do isolamento. E a reafirmou que foi esse quadro que levou à decisão de não permitir a realização no Gre-Nal em Porto Alegre na próxima semana.

 


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