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8 de junho de 2020
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19:31

Coronavírus: Marchezan diz que aumento de internações em UTIs ‘acendeu sinal amarelo’ e suspende nova flexibilização

Por
Luís Gomes
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Coronavírus: Marchezan diz que aumento de internações em UTIs ‘acendeu sinal amarelo’ e suspende nova flexibilização
Coronavírus: Marchezan diz que aumento de internações em UTIs ‘acendeu sinal amarelo’ e suspende nova flexibilização
Marchezan disse que esperava anunciar nova rodada de flexibilizações nesta segunda, mas que isso não ocorrerá por aumento do número de pacientes internados em UTIs que testaram positivo para covid-19 | Foto: Luiza Castro/Sul21

Da Redação

Em transmissão feita na tarde desta segunda-feira (8) pelas redes sociais, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), explicou os motivos pelos quais a Prefeitura decidiu não fazer uma nova rodada de flexibilização das restrições impostas a setores econômicos para o enfrentamento da pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Segundo o prefeito, o indicador mais preocupante registrado nos últimos dias é a velocidade de crescimento da taxa de ocupação da UTIs, o que levou a Prefeitura a acender o “sinal amarelo”.

Marchezan disse que a Prefeitura pretendia ampliar a capacidade de operação de templos religiosos e igrejas, liberar esportes coletivos, feiras de artesanatos, como o Brique da Redenção, cursos livres, entre outras medidas. Mas isso não ocorrerá nesta segunda.

O prefeito informou que a decisão foi tomada em razão do aumento na velocidade de ocupação de leitos de UTI por pessoas que testaram positivo para covid-19. Marchezan destacou que, no início da sexta-feira (5), 44 pessoas confirmadamente contaminadas pelo vírus estavam internadas em UTIs da cidade. No final do dia, este número subiu para 46 e se manteve estável no sábado (6), o que era considerado um crescimento dentro do esperado.

Contudo, no domingo (7), o número de pacientes de covid-19 em UTIs subiu para 54. Na manhã desta segunda, para 58 e, durante a tarde, atingiu a taxa de 62 leitos ocupados. Ainda há 35 pacientes em UTIs que aguardam o resultado de exames para covid-19 e 75 pessoas em leitos de enfermaria que já testaram positivo, ambos números considerados dentro da média, segundo o prefeito.

“O número não é elevado, mas a velocidade de crescimento desse número, que passou de 44 para 62, esta velocidade nos levou a suspender qualquer flexibilização que nós estávamos pensando para o dia de hoje”, disse Marchezan.

O prefeito destacou que segue em vigor o último decreto sobre o tema, de 20 de maio, que permitiu a reabertura do comércio, incluindo shoppings centers, do setor de serviços, incluindo bares e restaurantes, e de atividades religiosas.

Marchezan destacou que o objetivo da Prefeitura é que a cidade volte a uma situação “quase normal”, mas que o momento atual é de cautela. Ele disse ainda que o Comitê Técnico de Enfrentamento ao Coronavírus seguirá fazendo o monitoramento da situação nos próximos dias. A expectativa da Prefeitura era chegar a um pico de internações por covid-19, com cerca de 170 leitos de UTI ocupados, entre o final de agosto e o início de setembro. Caso a velocidade de crescimento dos últimos dias se mantenha, isso poderá acontecer mais cedo.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, Porto Alegre chegou na noite de domingo a 1.672 casos confirmados de covid-19 e 44 óbitos.


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