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6 de abril de 2020
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23:45

Cercado por sua equipe, Mandetta diz que permanece no Ministério da Saúde

Por
Sul 21
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Foto: Reprodução YouTube

Da Redação

Em pronunciamento ao lado de sua equipe, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na noite desta segunda-feira (6) que permanece à frente do Ministério da Saúde. Ao longo de toda a tarde circulou a informação de que Jair Bolsonaro poderia exonerar ainda hoje o ministro e colocar em seu lugar Osmar Terra.

O pronunciamento foi feito logo após reunião com o presidente e com ministros. De acordo com o titular da Saúde, a governo decidiu se reposicionar. Ao longo de sua fala, Mandetta chamou atenção várias vezes para a necessidade de foco, independente de “barulhos”, e destacou não temer críticas, mas que elas devem ser “construtivas”. “Gostamos da crítica construtiva. O que temos diferente é quando, em determinadas situações ou determinadas impressões, as críticas não vêm no sentido de construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho”, afirmou.

Mandetta também admitiu que hoje foi um dia que “rendeu pouco” no ministério, indicando tensão com o burburinho a respeito de sua exoneração. “Tinha gente aqui dentro limpando gaveta, pegando as coisas. Minhas gavetas, vocês ajudaram a fazer a limpeza das minhas gavetas. Nós vamos continuar porque, continuando, a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome: é o covid-19”, afirmou. E voltou a repetir: “Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar”, disse.

Ao comentar a ausência na entrevista coletiva de domingo, o ministro disse que estava em casa lendo e que recomendou a todos que fizessem o mesmo. Mandetta disse que releu o Mito da Caverna, de Platão. No texto, o filósofo faz uma alegoria sobre a busca da verdade por meio da razão e a resistência daqueles que se apegam a reflexos imprecisos da realidade. Não à toa, a importância da ciência e da pesquisa foi outro tema destacado no pronunciamento.

O ministro fez ainda uma fala dirigida aos trabalhadores do Ministério da Saúde, ao afirmar: “Vocês que saíram todos de suas salas, saíram para fazer choro, bater panela, voltem a trabalhar”. Em uma menção a Almir Sater, disse que irá “tocar em frente, como o velho boiadeiro tocando a boiada”.

 


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