Últimas Notícias>Coronavírus|z_Areazero
|
9 de abril de 2020
|
00:01

Em novo pronunciamento, Bolsonaro volta a defender a cloroquina contra o coronavírus

Por
Sul 21
[email protected]
Em novo pronunciamento, Bolsonaro volta a defender a cloroquina contra o coronavírus
Em novo pronunciamento, Bolsonaro volta a defender a cloroquina contra o coronavírus
Jair Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR

Da Revista Fórum

Em novo pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão feito na noite desta quarta-feira (8), o quinto desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus. A substância, entretanto, ainda não teve sua eficácia totalmente comprovada e está em fase de estudos.

No pronunciamento, Bolsonaro afirmou que conversou com o médico Roberto Kalil Filho, que mais cedo admitiu ter feito o uso da cloroquina para se tratar da Covid-19, mas que ponderou que é preciso esperar o resultado de estudos científicos feitos por instituições sérias como a Fiocruz. O presidente, no entanto, omitiu a ponderação de Kalil e ainda parabenizou o médico por ter usado a substância.

Nesta quarta-feira (8), o Centro de Prevenção e Controle de Doença dos Estados Unidos (CDC) mudou a redação de um texto que fala sobre o uso de hidroxicloroquina e cloroquina em pacientes com o novo coronavírus. Agora, o órgão aponta apenas que as substâncias “estão sob investigação em ensaios clínicos”.

No início do pronunciamento, o presidente tentou adotar um tom um pouco mais ameno e pregando união, dizendo que seu objetivo “sempre foi salvar vidas” e prestando solidariedade às famílias que perderam parentes para o coronavírus.

Com o avançar do discurso, no entanto, Bolsonaro voltou a polarizar com governadores, que têm adotado medidas de isolamento, postura que o presidente é contra. “Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Medidas restritivas são de responsabilidade dos mesmos. O governo federal não foi consultado”, disparou.

Assim como fez no último pronunciamento, Bolsonaro também voltou a citar de forma descontextualizada a fala do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, para justificar sua defesa do fim do isolamento.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora