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2 de maio de 2017
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18:20

Oficina itinerante ensina moradores do Padre Cacique a reaproveitar alimentos

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Oficina itinerante ensina moradores do Padre Cacique a reaproveitar alimentos
Oficina itinerante ensina moradores do Padre Cacique a reaproveitar alimentos

Da Redação

Na última terça-feira (25), o programa social Prato Para Todos esteve no Asilo Padre Cacique, em Porto Alegre, oferecendo uma oficina aos moradores da casa. A aula, ministrada por nutricionistas do Sesc-RS, ensinou a utilizar partes não-convencionais dos alimentos, como cascas e ramas. A oficina itinerante  acontece em um ônibus equipado com cozinha industrial, pronto para capacitar os participantes do projeto.

“A gente vem passando, de geração pra geração, e a gente não fala mais nesse aproveitamento, até porque, antigamente, ele era muito associado às classes mais inferiores”, explicou uma das ministrantes ao grupo que a acompanhava com atenção. “Deu saudade da minha casa. Do cheiro de alho fritinho na hora”, afirmou uma das moradoras do Asilo. As nutricionistas preparavam um patê de cascas de berinjela enquanto cerca de dez ouvintes preenchiam os assentos do ônibus.

Ao colocar as cascas dos alimentos para dourar junto com a cebola, o alho e as ervas frescas, o aroma tomou conta do espaço ocupado pela oficina e se espalhou para fora do ônibus. Dona Irene, que estava fazendo fisioterapia, preferiu parar a atividade para acompanhar o projeto. “Ainda dá pra entrar, né?”, ela perguntou, ansiosa. “Mesmo que eles não cozinhem, é importante que se informem sobre os alimentos para atentarem ao que estão consumindo”, afirma a estudante de nutrição Débora Medeiros, voluntária no projeto.

A Ceasa montou um cadastro de 300 entidades que são beneficiadas e monitoradas sistematicamente pelo programa, como creches comunitárias, instituições filantrópicas, asilos e entidades que tratem de crianças ou pessoas em vulnerabilidade social.

A operação começa com jovens de fazendas de recuperação de drogas, que atuam como voluntários, coletando hortifrutigranjeiros entre os excedentes do pavilhão de produtores e das empresas atacadistas. Os produtos são classificados e armazenados, para depois comporem kits distribuídos às entidades cadastradas. Assim, as oficinas ministradas no ônibus do projeto compõem o último eixo do programa, o educacional – que encerra o ciclo ao compartilhar conhecimento sobre o aproveitamento integral dos alimentos.

 


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