A ação de snipers da polícia do Rio de Janeiro, responsável pela morte de um homem que mantinha reféns em um ônibus, com uma arma de brinquedo, causou reações nas redes sociais. Além disso, a comemoração do governador Wilson Witzel, pelo assassinato do sequestrador, provocou revolta.
“Witzel é a pior mistura de sociopatia com oportunismo”, classificou Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e presidenciável em 2018 pelo PSOL.
Witzel é a pior mistura de sociopatia com oportunismo.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 20, 2019
A deputada federal Luiz Erundina (PSOL) também demonstrou sua indignação em relação ao comportamento do chefe do executivo do Rio: “Governador Witzel comemora a morte de pessoas. É a forma vil e militarizada do Bolsonarismo instaurado no país. A barbárie está tomando conta de nosso país. As mãos de nossos governantes estão sujas de sangue”.
Crise civilizatória
Talíria Petrone, deputada federal pelo PSOL, foi ao local da ocorrência e tuitou antes da morte do homem. “Estou aqui na ponte Rio-Niterói e só consigo pensar no adoecimento do nosso povo. Um homem desesperado, que se identificou como policial, sequestra um ônibus lotado. Ameaça explodir, atirar. A cidade para. Vivemos uma crise civilizatória. É preciso interromper esse ciclo!”.
O jornalista Ricardo Noblat, da Veja, também condenou a atitude de Witzel: “Que país é esse onde um governador celebra a morte de um bandido e o presidente da República diz que não é para ter pena? Se muito poderiam parabenizar a polícia por ter salvado a vida dos reféns”.