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23 de julho de 2019
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17:00

Weintraub é vaiado e deixa restaurante após manifestação no Pará

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Sul 21
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Weintraub é vaiado e deixa restaurante após manifestação no Pará
Weintraub é vaiado e deixa restaurante após manifestação no Pará
Weintraub foi rodeado pelos manifestantes que criticavam o corte de verbas na educação e ficou irritado. Foto: Reprodução/YouTube

Da RBA

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi vaiado e deixou um restaurante onde jantava com a família, na cidade de Alter do Chão (PA), após discutir com manifestantes que criticavam os cortes de verbas na educação pelo governo Bolsonaro. Ativistas do Engajamundo, uma rede de jovens organizados em todo o Brasil, chegaram ao local com cartazes e se colocaram em volta da mesa onde estava o ministro. Weintraub ganhou uma kafta – churrasco árabe – em referência ao discurso em que ele errou o sobrenome do escritor tcheco Franz Kafka.

O ministro se irritou e passou a discutir com os manifestantes, tentando tomar deles o microfone que utilizavam. Weintraub pegou o microfone de músicos que se apresentavam no restaurante, se disse vítima de um ataque dos “mesmos que dizem defender os direitos humanos” e que estava de férias com a família. E passou a ofender o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até um dos líderes da Revolução Cubana, Ernesto Che Guevara.

Na tentativa de se livrar dos manifestantes, Weintraub e sua mulher, Daniela – que também discutiu com os manifestantes, aos berros – acabaram vaiados pela maioria dos demais clientes que estavam jantando no restaurante e atraíram mais manifestantes que não faziam parte do grupo de ativistas do Engajamundo. Acuado, o ministro pegou a filha mais nova no colo e saiu do local, discutindo com um indígena.

“Aqui ó, corajoso”, gritou Weintraub para o ativista, mostrando a menina. “Eu não vou à sua casa enquanto você está comendo”, completou. O indígena respondeu: “Eu também tenho filhos. Você é que está na minha casa”. Weintraub, então, disse que “não é porque você está com um cocar que você é mais brasileiro do que eu, seu safado”. Ele e a família deixaram o local sob gritos de “fazendo balbúrdia” e “fascista”.

Em abril, o ministro anunciou corte de 30% da verba de três universidades federais. Criticado, ampliou o corte para toda a rede federal, dizendo que iria priorizar os gastos na educação básica. Mas, logo depois, autorizou cortes de verbas para creches, pré-escolas e ensino fundamental. Na última semana, lançou o programa Future-se, que vem sendo amplamente criticado por abrir as portas para a privatização das universidades federais.

Confira o vídeo:


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