Da Redação
Apesar de integrantes da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) insistirem na negação da veracidade das conversas divulgadas pela série de reportagens conhecida como Vaza Jato, um tuíte feito pelo procurador Roberson Pozzobon talvez seja a prova mais concreta até agora de que as conversas de fato ocorreram.
Em 8 de dezembro de 2018, Pozzobom postou em sua conta no Twitter a respeito de uma matéria sobre a movimentação atípica de Fabrício Queiroz quando era assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (a postagem estava ativa até o momento desta publicação): Se o fato pode/deve ser investigado e esclarecido? É certo que sim. Eis a importância do COAF. Aponta operações atípicas no meio de milhões de transações financeiras diárias em todo o Brasil”.
Se o fato pode/deve ser investigado e esclarecido? É certo que sim.
Eis a importância do COAF. Aponta operações atípicas no meio de milhões de transações financeiras diárias em todo o Brasil.https://t.co/i0pfRtvPKp
— Roberson Pozzobon (@RHPozzobon) December 8, 2018
A última reportagem da Vaza Jato, publicada neste domingo pelo The Intercept Brasil, traz uma fala atribuída a Pozzobon com teor praticamente idêntico, datada do mesmo dia. “Tava escrevendo esse tuíte agora mesmo. ‘Informação de que um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro, movimentou 1,2 milhão de reais entre 2016 e 2017’. Se deve ser investigado? É certo que sim. É para isso que servem os relatórios de inteligência financeira do COAF. Pontuar as suspeitas no meio de bilhões de transações diárias”, disse o procurador na conversa, compartilhando o mesmo link de sua postagem no Twitter.
A postagem antiga foi descoberta por diversos perfis do Twitter — como o @bslvra e @pensonexisto –, o que fez com que a postagem antiga de Pozzobon voltasse a ser comentada e compartilhada neste domingo.
