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4 de maio de 2019
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13:44

Senador de Nova York comemora desistência de Bolsonaro: ‘enfrentamos o homofóbico e vencemos’

Por
Luís Gomes
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O senador Brad Hoylman, seu marido David Sigal e sua filha Silvia | Foto: Pew Charitable Trusts /TNS

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na sexta-feira (3) que não irá mais viajar para Nova York para receber uma homenagem em um evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA marcado para o próximo dia 14 de maio. A decisão ocorre após uma campanha contrária à homenagem gerar uma sequência de recuos de apoiadores do evento.

Após a confirmação da desistência, o senador estadual Brad Hoylman, eleito por Nova York e um dos principais apoiadores da campanha contra a homenagem, comemorou a notícia. “Vitória: nós enfrentamos o homofóbico presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e vencemos. Segundo notícias brasileiras, ele desistiu do evento no Marriott Marquis e cancelou sua viagem aos EUA. O ódio não tem casa em Nova York”, escreveu em seu perfil no Twitter. Hoylman, que é representante da comunidade LGBT, pediu ainda que a campanha de assinaturas contra a presença de Bolsonaro, que já somou mais de 50 mil apoios, continue para o caso do presidente brasileiro mudar de ideia.

A campanha também ganhou a adesão do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que afirmou que Bolsonaro não era bem vindo à cidade e o chamou de racista, homofóbio e destrutivo.

Bolsonaro anunciou a desistência em comunicado que caracterizou a campanha contrária como “ideologização da atividade”. “Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade. Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami”, diz a nota.

Antes da desistência, o jantar de homenagem a Bolsonaro já havia perdido patrocinadores com o banco Citi, a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times. O evento também já havia sido trocado de sede por duas vezes, depois que o Museu Americano de História Natural e o restaurante Cipriani Hall rejeitariam sediá-lo. Por último, ele estava previsto para acontecer no hotel Marriott Marquis.


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