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4 de maio de 2019
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21:15

Prefeito de Nova York ironiza ‘fuga’ de Bolsonaro: ‘valentões geralmente não aguentam um soco’

Por
Luís Gomes
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Prefeito de Nova York ironiza ‘fuga’ de Bolsonaro: ‘valentões geralmente não aguentam um soco’
Prefeito de Nova York ironiza ‘fuga’ de Bolsonaro: ‘valentões geralmente não aguentam um soco’
Prefeito de Nova York, Bill de Blasio | Foto: Reprodução

Da Redação

Após o senador estadual Brad Hoylman comemorar a desistência do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de ir a Nova York para participar de um jantar em sua homenagem, o prefeito da cidade também saudou o sucesso da campanha de pressão contra a visita do líder brasileiro à cidade.

“Jair Bolsonaro aprendeu do jeito difícil que nova-iorquinos não fecham os olhos para a opressão. Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso – valentões geralmente não aguentam um soco (…) Seu ódio não é bem-vindo aqui”, disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em sua página no Twitter. Na sequência, De Blasio defendeu a necessidade de se opor a líderes que se utilizam de discursos preconceituosos. “O ataque de Jair Bolsonaro a direitos LGBTQ e seus planos destrutivos para o nosso planeta se refletem em líderes demais – incluindo no nosso país. Todos devem se levantar, falar e lutar contra esse ódio temerário”.

Uma campanha de assinaturas contra a presença de Bolsonaro na cidade já somou mais de 50 mil apoios. Diante da pressão, o jantar de homenagem a Bolsonaro, oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, já havia perdido patrocinadores com o banco Citi, a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times. O evento também já havia sido trocado de sede por duas vezes, depois que o Museu Americano de História Natural e o restaurante Cipriani Hall rejeitariam sediá-lo. Por último, ele estava previsto para acontecer no hotel Marriott Marquis, no dia 15 de maio.

Bolsonaro anunciou na sexta-feira (3) a desistência em comunicado que caracterizou a campanha contrária como “ideologização da atividade”. “Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade. Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami”, diz a nota.


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