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2 de fevereiro de 2019
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18:38

Após divisão na Câmara, Manuela critica PT e PSOL: “tentaram nos colocar na semi-legalidade”

Por
Sul 21
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Da Redação

A ex-deputada estadual e federal Manuela D`Ávila (PCdoB), que concorreu à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018, desabafou em seu Facebook sobre a decisão de seu partido de não participar do bloco de oposição formado por PT, PSOL, PSB e Rede para a disputa da Mesa Diretora da Câmara.

Ao invés, os dez deputados do PCdoB compuseram um bloco com PDT (28), Pode (17), Solidariedade (13), Patri (9), PPS (8), Pros (8), Avante (7), PV (4) e Democracia Cristã (1). Antes da eleição, o presidente Rodrigo Maia (DEM) – que acabou reeleito – autorizou a incorporação do PPL pelo PCdoB, do PRP pelo Patriota e do PHS pelo Podemos.

Com a incorporação do PPL, o o bloco se tornou maior do que o encabeçado pelo PT. Antes do discurso dos candidatos a presidente da Câmara dos Deputados, o líder do PSOL, deputado Ivan Valente, pediu a reversão da decisão de reconhecer como participantes de blocos parlamentares os partidos que ainda não tiveram reconhecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a incorporação solicitada. A manifestação de Valente foi apoiada pelo PT.

Os blocos disputam para liderar a oposição e a minoria da Casa – o PSOL aponta que Maia apenas autorizou a fusão dos partidos para fazer com que o bloco do PCdoB e PDT crescesse, prejudicando assim o bloco de esquerda. “Ontem o governo ganhou duas batalhas: venceu a eleição da mesa e escolheu a liderança da minoria estabelecendo que um bloco misto, formado por partidos de centro-esquerda e outros de apoio ao governo vai “liderar” a oposição. É uma grande novidade: teremos a base e a sub-base”, criticou o deputado Camilo Capiberibe, do PSB.

Já Manuela afirma que sempre defendeu a construção de uma candidatura “comprometida com a democracia”, destacando que os 130 deputados do campo progressista não teriam chances de chegar ao segundo turno na disputa da presidência da Câmara. “Claro, sempre defendi que DEVERÍAMOS ter esgotado as conversas entre nós em primeiro lugar. Mas vejam bem, isso tudo acabou. E pela votação se percebe como muita gente discursava inflamado mas não garantiu o voto no segredo da urna”, colocou.

Ela ainda critica o fato do PT e o PSOL tentaram impedir a fusão do PCdoB com o PPL, forma encontrada pelo partido de superar a cláusula de barreira e garantir o dinheiro do fundo partidário. “Ou seja, uma eleição da câmara que não estivemos juntos e nossos aliados Há mais de 30 anos tentaram nos colocar na semi-legalidade!!!!!”, escreveu.

“A eleição da Câmara já passou. Nós seguiremos na rua, em oposição a Bolsonaro. Mas companheiros, companheiras, isso foi grave demais (…). O povo brasileiro precisa da nossa luta comum e da nossa unidade. Não soltem as mãos que SEMPRE – e não só de vez em quando – estão na luta”, disse.

*Atualizada às 17h20


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