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23 de janeiro de 2019
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14:07

Em Lisboa, Haddad ironiza Bolsonaro: “Eu vou falar um pouco mais de seis minutos”

Por
Sul 21
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Em Lisboa, Haddad ironiza Bolsonaro: “Eu vou falar um pouco mais de seis minutos”
Em Lisboa, Haddad ironiza Bolsonaro: “Eu vou falar um pouco mais de seis minutos”
Haddad participou do evento “Democracia e perda de Direitos no Brasil ” em Lisboa, Portugal | Foto: Ricardo Stuckert/ PT

Da Revista Fórum

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), antes de se pronunciar no debate Democracia e perda de direitos no Brasil, nesta terça-feira (23), na Casa do Alentejo, em Lisboa, ironizou o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos:

“Eu vou falar um pouco mais de seis minutos. É o padrão estabelecido pela Presidência da República atual”, disse Haddad, seguido de risos e aplausos. Durante a sua fala, Haddad disse que o governo de Jair Bolsonaro pode ser avaliado pelo discurso feito pelo atual presidente da República em Davos, Suíça, no Fórum Econômico Mundial.

“[Fora do país] as pessoas estão perplexas em relação ao Brasil. Há uma discrepância entre o que é veiculado pela imprensa no Brasil e o que é veiculado fora. Basta ver a repercussão do discurso de Davos hoje, na imprensa internacional e na local. Na imprensa local, estamos quase diante do discurso de um estadista”, ironizou. “Na imprensa internacional, a frustração é enorme. O Brasil nunca foi tão mal representado num fórum internacional. Ele mal conseguia falar o que tinha ido dizer.”

Em outro momento, acrescentou: “Não temos meios de comunicação imparciais que tenham compromisso com a verdade a todo custo. A maioria dos meios de comunicação são laudatórios do governo atual”.

O discurso curto, raso e sem detalhes de Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (22) em Davos, na Suíça, soou como um verdadeiro fiasco. No final da plenária em que o presidente brasileiro discursou, a principal crítica veio do prêmio Nobel de Economia em 2013, Robert Shiller, considerado um dos maiores economistas do mundo.

“Ele me dá medo. O Brasil é um país grande e merece alguém melhor”, disse o economista a um repórter do jornal Valor.


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