Da Redação
A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi alvo de calúnia por parte do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que afirmou, em entrevista a um canal de televisão italiano, que ela teria sido integrante da VPR, uma organização de oposição à ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. “Construiu a sua fala de modo a passar a ideia de que eu teria participado de ações violentas, em especial de uma que causou a morte de um soldado”, relata Dilma.
Em comunicado no seu Facebook, a ex-presidenta afirma que Bolsonaro divulgou a fake news que seus apoiadores já espalham há “um bom tempo” e explicou a verdade sobre o assunto. “Nunca fui integrante deste grupo, jamais participei de qualquer ação armada e não propus ou contribui para a morte de quem quer que seja. Pertenci, na verdade, a outra organização política de oposição à ditadura, a VAR-Palmares”, relata.
Dilma, que foi presa e torturada na ditadura militar, destaca ainda que a sua atuação na oposição ao regime foi investigada e julgada pelos órgãos integrantes do aparato judicial-repressivo do regime militar, dos quais o então militar Bolsonaro foi próximo.
Aponta, ainda, que seu nome não está entre os militantes acusados de participar da ação citada pelo presidente, ocorrida em São Paulo enquanto ela residia em Belo Horizonte. “Não tinha o dom da ubiquidade, e ainda não tenho”, ironiza.
Ela considera a ação de Bolsonaro “lamentável” considerando que ele é um chefe de Estado. “O presidente está apenas repetindo uma notícia falsa e insidiosa espalhada por seus apoiadores durante a campanha eleitoral, por meio de um vídeo comprovadamente forjado”, afirma.
Confira o posicionamento de Dilma:
