Tá na Rede
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26 de janeiro de 2019
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17:51

Desembargadora diz que sugestão de executar Jean Wyllys foi ‘brincadeira’

Por
Luís Gomes
[email protected]

Da Redação

Tudo não passava de uma brincadeira. Foi assim que a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, defendeu declarações suas em redes sociais desejando a morte do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que nesta semana anunciou que abrirá mão de seu próximo mandato, que se inicia em fevereiro. Na entrevista que anunciou sua decisão, Wyllys citou como exemplo da banalização das ameaças contra si a frase dita pela desembargadora em um grupo no Facebook de que ele deveria ser executado, por ser a favor de uma “execução profilática”.

Em entrevista ao Conjur, a desembargadora disse: “Isso foi falado no meu Facebook particular com um amigo, que não era magistrado. E o nome dele [Jean Wyllys] surgiu aleatoriamente na conversa. Eu não sugeri nada de morte dele. Meu amigo é que sugeriu que se houvesse… porque naquela época, tem uns três anos, se discutia intervenção militar, começaram a falar de intervenção militar, se os militares voltassem, o que iriam fazer. E esse meu amigo, de brincadeira – porque era tudo brincadeira no Face, até porque eu só usava o Face naquela época para brincadeira mesmo –, falou ‘mas quem você acha que seria fuzilado?’. Aí eu falei, de brincadeira também: ‘Quem não escaparia de um fuzilamento profilático eu acho que seria o Jean Wyllys’. Mas só isso. Não sugeri que ele fosse morto”.

Marília foi acusada de voltar a atacar Jean Wyllys mais recentemente, quando disse que tinha “certeza absoluta” em resposta a uma postagem que ligava o deputado e Adélio Bispo, autor do ataque ao presidente Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial. Ao Conjur, a desembargadora negou que se referia a ligação entre os dois.

No entanto, na entrevista, ela defendeu outra postagem sua, em que dizia que o “esquerdismo é uma doença mental”. “Foi um médico, não fui eu que disse”, afirmou a desembargadora, que já tinha espalhado fake news contra Marielle Franco no ano passado.

Apesar destas declarações e das notícias falsas que ajudou a espalhar, a desembargadora disse ao Conjur que “o problema da esquerda é o mau humor”.


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