Da Redação
Identificada por hashtags como #MaisLivrosMenosArmas, #LivroSim, #ArmaNão e #VoteComUmLivro, uma campanha nas redes sociais mobilizou eleitores a escolher uma obra literária para acompanhá-los na hora de votar. “Já que o voto é secreto, pergunto: que livro vocês levaram/levarão hoje para votar?”, questionou o jornalista Sandro Fernandes em seu perfil no Twitter. Como resposta, recebeu fotos de seguidores com títulos como “1984”, de George Orwell, “Tempos difíceis”, de Charles Dickens e “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood.
A ação é um protesto em favor da democracia e dos direitos humanos, além de ser contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). No primeiro turno das eleições, apoiadores de Bolsonaro foram às urnas portando armas de fogo. Além disso, ainda fotografam e gravam – ilegalmente – vídeos dos revólveres no momento do voto no candidato pelo PSL. “Enquanto eles levam uma arma, nós levamos um livro. Não podemos retroceder a 1964”, diz o usuário Flávio Lúcio, no Twitter.
Confira outras postagens:
Meu livro, meu voto! pic.twitter.com/mQ3SMJyGbV
— Maria Juraci (Cici) (@CiciJuraci) 28 de outubro de 2018
Na minha zona eleitoral eu passei por um homem com livro na mão também, eu e ele nos olhamos e levantamos os livros com sorrisinho de ter a consciência limpa do voto democrático
— Antifa #13 (@Bujitto) 28 de outubro de 2018
No ônibus, mas já com o livro na mão!
Vou votar com Valsa brasileira da @lauraabcarvalho
Meu voto é contra o obscurantismo, pelo direito à crítica e pela pluralidade pic.twitter.com/8JQQxbdpZo
— imperativocategorico (@theviniprado) 28 de outubro de 2018
DaPaz, a babá vira voto, levou um livro especial. “Cartas de uma menina presa” foi escrito por Talia, uma adolescente que vivia em unidade socioeducativa de internação. A imagem diz muito sobre os sonhos de hoje. DaPaz votou em uma escola pic.twitter.com/LvifktPJAI
— Debora Diniz (@Debora_D_Diniz) 28 de outubro de 2018
Voto com o livro na mão para honrar minha história! https://t.co/8KnMWeHxwf
— Silvio Lima (@silvioli) 28 de outubro de 2018
Vira voto! Um livro na mão e o título em outra pic.twitter.com/mCk0YTHM5K
— Mafê (@LINSMONTEIRO) 28 de outubro de 2018
Enquanto eles levam uma arma. Nós levamos um livro. Estamos retrocedendo a 1964. Entre votar num fascista que elogia um torturador Ustra, eu voto num professor.
— Flávio Lucio (@flavioadv) 28 de outubro de 2018