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8 de setembro de 2018
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20:29

Funcionários da editora Abril farão ato público para denunciar calote

Por
Luís Gomes
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Funcionários da editora Abril farão ato público para denunciar calote
Funcionários da editora Abril farão ato público para denunciar calote

Da Fórum

Funcionários demitidos da Editora Abril farão um ato público no próximo dia 14, a partir das 12h, na porta da gráfica da editora para entregar uma Carta Aberta à Família Civita e denunciar a “repulsa e indignação diante da dispensa em massa, no dia 6 de agosto, de 800 empregados que ajudaram a construir a história do Grupo Abril”. “Jornalistas, gráficos, funcionários da distribuição e do administrativo, além de freelas: precisamos comparecer e mostrar força!”, diz o texto.

Segundo a nota divulgada pelos funcionários demitidos, “a empresa não cumpriu sua obrigação. Negou-se a pagar todas as verbas rescisórias (incluindo a multa de 40% sobre o FGTS) e mais uma multa (referente ao artigo 477 da CLT) por não ter quitado, em dez dias, sua dívida com os empregados demitidos. Conseguiu esse feito com ajuda da Justiça: no dia 16 de agosto, o juiz atendeu o pedido do Grupo Abril, que entrou em Recuperação Judicial (RJ)”.

“Dessa maneira, nós, que tínhamos o salário como única fonte de sustento, fomos jogados em uma interminável lista de credores a quem o Grupo Abril deve 1,6 bilhão de reais. Credores são os bancos, os grandes fornecedores de papel, as empresas estrangeiras com quem a Abril mantém negócios. Nós somos trabalhadores! Muitos, entre os demitidos, já estão sem dinheiro para comprar comida, pagar a escola dos filhos, o transporte, as prestações, os remédios”, prossegue a nota.

“Aos seus empregados, a Abril reservou o calote. Nossa parte (incluindo a dos freelas) corresponde a cerca de 8% da dívida total. Isso, a Família Civita, principal acionista do grupo, poderia pagar com recursos próprios. Ainda segundo o texto, com R$ 110 milhões “eles cumpririam a obrigação de pagar os homens e as mulheres que, dia e noite, incansavelmente, trabalharam para que a Abril se tornasse a maior editora de revistas da América Latina – e eles mantivessem o conforto de que dispõem hoje”.

“É preciso fazer o Grupo Abril assumir a responsabilidade com aqueles que jogou no olho da rua. Vamos pressioná-lo com o comparecimento em massa! No ato, entregaremos uma Carta Aberta a Família Civita. As famílias dos demitidos estarão na porta da gráfica para entregar esse documento. Vamos demonstrar que estamos unidos e fortes, defendendo o que o nosso suor conquistou – e que agora nos querem roubar”, encerra o texto.


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