Da Redação
A Federasul realiza esta semana, em Gramado, na serra gaúcha, um congresso que, segundo a federação, “visa ser um espaço de debate sobre o contexto político e econômico nacional, além de propor alternativas para o progresso do estado”. Dentro da programação está um painel, que acontece na tarde desta sexta-feira (8), com os pré-candidatos ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), Luis Carlos Heinze (PP) e Mateus Bandeira (Novo), mediado pela presidente da Federasul, Simone Leite.
A direção estadual do PT emitiu uma nota tratando como “censura ideológica” o fato de os pré-candidatos da legenda, Miguel Rossetto, do PCdoB, Abgail Pereira, e do PSOL, Roberto Robaina, não terem sido convidados para o encontro. “A postura da entidade rompe com uma tradição de civilidade e debate democrático e plural no Estado do Rio Grande do Sul. Nunca o Brasil precisou tanto de diálogo e democracia, diante de um horizonte de sectarismo, agressividade e autoritarismo na vida pública. É lamentável ver que uma entidade como a Federasul se transformou em instrumento da intolerância”, diz a nota assinada pelo presidente do PT-RS, Pepe Vargas.
A assessoria de imprensa da Federasul confirmou que os três pré-candidatos não foram convidados porque “o critério da federação foi aqueles [pré-candidatos] que têm uma pauta que seja de encontro com a classe produtiva, não com ideias utópicas, de inchamento da máquina pública, com os quais a Federasul não concorda”. Ainda de acordo com a assessoria, o governador José Ivo Sartori (PMDB) também foi convidado, mas recusou porque disse “não ser candidato à reeleição”. Ainda de acordo com a Federasul, durante o período eleitoral, a federação fará um debate, em que todos os candidatos serão convidados, como exige a legislação.
