Da Redação
“Afinal, era sobre pedofilia?”. Essa é a pergunta que o Monitor do debate político no meio digital faz ao analisar como se comportaram os grandes influenciadores das redes, que insuflaram a opinião pública contra a performance de crianças interagindo com um homem nu, no Museu de Arte Moderna (MAM) e o caso do estuprador do Piauí. O homem teve autorização a ficar com uma criança dentro de sua cela, porque ajudava a família do menino financeiramente.
Segundo o levantamento do projeto, ligado ao Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso a Informação da USP, enquanto o caso do museu teve 550 mil compartilhamentos, o do estuprador do Piauí ficou na média de 45 mil. “Uma relação de 10 pra 1”, afirma a página.
“No caso do MAM, as matérias muito compartilhadas estavam dispersas em várias publicações do Jornalivre, Veja, Folha, Instituto Liberal e Ceticismo Político, entre outros; no caso do estuprador do Piauí praticamente foram compartilhadas apenas matérias da Folha de São Paulo e do UOL”, aponta o levantamento.
Além disso, enquanto o caso do MAM motivou manifestações do Movimento Brasil Livre (MBL), da família Bolsonaro e de partidos conservadores, o caso do Piauí “não teve nenhum grande compartilhador” e não chegou a ser mencionado pelos contrários à exposição.