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8 de julho de 2016
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17:04

“Geraldinos” estreia no CineBancários

Por
Sul 21
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O CineBancários estreia o documentário “Geraldinos”, dos cineastas Pedro Asbeg e Renato Martins, no dia 14 de julho. O filme foi vencedor da categoria Melhor Filme pelo voto do júri do Festival de Tiradentes 2016 e premiado no Rio de Janeiro, São Paulo e Milão.

“Geraldinos” será exibido nas sessões das 15h e 19h, dividindo a sala de cinema com “Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo de Oliveira, que fica na sessão das 17h. Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.

Os primeiros minutos de “Geraldinos” dão a impressão de que ele é apenas um documentário saudosista, de homenagens e recordações. Ele é isso também, mas muito mais. Realizado ao longo de dez anos, “Geraldinos” leva o espectador a uma viagem pelas lembranças e pelos personagens de um período que parece já estar muito distante da realidade do futebol atual.

O filme, que estreou em 2015 no festival de documentários “É Tudo Verdade”, foi o vencedor de melhor filme no Festival de Tiradentes pelo voto do júri popular em 2016 e ganhou também prêmios no Rio, São Paulo e Milão, além de ter sido exibido em festivais na Espanha e na Alemanha.

Uma produção da Jacqueline Filmes e da Palmares Produções em co‐produção com o Canal Brasil e conduzido de forma paralela entre 2005 e 2014 (quando entrevistas exclusivas foram feitas com personalidades como Romário, Zico, Marcelo Freixo e Lúcio de Castro, entre outros), o filme navega entre o passado romântico e o presente cruel, mostrando que o Geraldino agora está afastado do estádio, vendo os jogos de seu time pela televisão.
Cariocas que frequentaram por décadas o mitológico Maracanã, Pedro Asbeg e Renato Martins filmaram os 10 últimos jogos da Geral, em 2005. 10 anos depois, o que se vê na tela é a mistura de emoções característica daquele ambiente.

Naquele espaço festivo e descontraído, a alegria imperava. Apesar da posição desfavorável à perfeita observação do jogo, o importante era estar lá dentro, fazer parte. Como lembra o historiador Luiz Antonio Simas em um depoimento para o filme, “Como se define um Geraldino? Não se define. E essa era a graça da Geral. Ali você poderia ir com seu radinho ouvindo o jogo, poderia dar voltas no estádio sem olhar para o campo ou poderia ir vestido de Cacique Tchucarramãe. A Geral era uma possibilidade.”

A posição estratégica, colada ao gramado, também permitia uma constante interação entre jogadores, treinadores e Geraldinos. Como conta Zico em seu depoimento para o filme, “Era uma delícia fazer gol e ir comemorar ali com os caras. Várias vezes tive vontade de pular daquele fosse e cair em cima deles.
Mas nem tudo era festa, havia muita provocação. Romário lembra que “Era legal pra caceta ouvir o Geraldino gritando “ei Romário, vai tomar no cu. Isso me motivava a fazer mais gols!”. Podemos então dizer que a Geral era também, um grande consultório onde, semanalmente, milhares de pacientes passavam por ali para seu desabafo, seu tratamento.

De forma mais poética, o jornalista Lúcio de Castro define assim o encontro do Geraldino com o Maracanã: “O Geraldino era a expressão do Don Quixote. Ali era um momento de sonho, o único momento de sonho desse Don Quixote. Os moinhos de vento tinham ficado lá fora era o momento em que ele poderia sonhar.”
Foi também durante o período de 10 anos de produção do filme que nasceu a percepção de que as mudanças pelas quais passou o estádio refletem aquilo que a cidade do Rio de Janeiro vive há alguns anos. Como define o Deputado Estadual Marcelo Freixo, “O fim da Geral é o fim da concepção de um estádio e é a derrota de um projeto de cidade.”

A conclusão portanto é que, apesar da música ainda ser cantada a plenos pulmões na hermética arena que hoje apenas leva o mesmo nome, o Maraca não é mais nosso. Conseguiremos um dia reavê‐lo?

GRADE DE HORÁRIOS
12 de julho (terça-feira)
15h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

13 de julho (quarta-feira)
15h – “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira

14 de julho (quinta-feira)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

15 de julho (sexta-feira)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

16 de julho (sábado)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

17 de julho (domingo)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

19 de julho (terça-feira)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins

2 de julho (quarta-feira)
15h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h – “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h – “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins


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