Política
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7 de março de 2015
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14:30

Renan critica Janot e Cunha diz que dará resposta quando conhecer conteúdo

Por
Sul 21
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Renan critica Janot e Cunha diz que dará resposta quando conhecer conteúdo
Renan critica Janot e Cunha diz que dará resposta quando conhecer conteúdo

Mariana Jungmann e Marcelo Brandão

Da Agência Brasil

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou, no final da noite de sexta-feira (6), nota pública na qual volta a negar que tenha “ultrapassado os limites institucionais” em suas relações políticas. Ele diz que irá se explicar sobre a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja aberto inquérito sobre a sua participação nos casos de irregularidades da Operação Lava Jato.

Na nota, Renan critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por não tê-lo ouvido antes de encaminhar ao STF o pedido de inquérito. “Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público, que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado”.

O presidente do Congresso nega, também, que tenha autorizado o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) a falar em seu nome em qualquer negociação. Renan diz ainda que dará as respostas que a Justiça pedir. “Nas democracias todos – especialmente os homens públicos – estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim, darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar”.

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha disse dará uma resposta assim que tiver conhecimento do conteúdo da investigação
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha disse que dará uma resposta assim que tiver conhecimento do conteúdo da investigação

Presidente da Câmara

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou sua conta no Twitter para falar sobre a lista divulgada pelo Supremo. “A confirmação de que o PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu abertura de inquérito contra mim merecerá a devida resposta assim que tiver conhecimento do conteúdo”, escreveu.

Políticos do PT – Logo após a divulgação da relação de novos inquéritos da Operação Lava Jato, o PT também divulgou nota sobre o caso. Com seis políticos citados nos inquéritos, além do seu tesoureiro, João Vaccari Neto, o partido manifestou apoio às investigações. “Reafirmamos integral apoio ao prosseguimento das investigações que se realizam no âmbito da chamada Operação Lava Jato, de forma completa e rigorosa, sem favorecimentos ou parcialidade, nos marcos do Estado Democrático de Direito”, diz um trecho da nota.

O PT destacou que todos os acusados devem ter direito à ampla defesa e, explicou que, caso algum de seus filiados tenha culpa comprovada, serão aplicadas as punições previstas no estatuto do partido. O PT diz ainda se orgulhar por ser um partido cujos governos combatem implacavelmente a corrupção.

O PP, partido que mais teve membros listados entre os que serão investigados pela PGR, também divulgou nota pública. A legenda diz que não compactua com atos ilícitos e confia na apuração da Justiça para que a verdade prevaleça nas investigações da Operação Lava Jato. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também será investigado, deverá se manifestar quando tomar conhecimento dos autos.


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