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4 de dezembro de 2014
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17:01

Seminário discute futuro do trabalho entre quinta-feira e sábado

Por
Sul 21
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Seminário discute futuro do trabalho entre quinta-feira e sábado
Seminário discute futuro do trabalho entre quinta-feira e sábado
Seminário discute o mundo do trabalho entre quinta-feira e sábado (6) l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Seminário discute o mundo do trabalho entre quinta-feira e sábado (6) l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Da Redação

Na manhã desta quinta-feira (4), teve início o terceiro seminário “O Futuro do Trabalho”, que acontece até sábado (6) na Fundação de Economia e Estatística (FEE), no centro de Porto Alegre. O evento é organizado pelo programa de pós-graduação de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conta com apoio Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), além da própria FEE. O encontro pretende fazer uma reflexão sobre o mundo do trabalho, projetando o cenário que se desenha para os próximos anos.

Diretor técnico da FEE, André Scherer explica que o intuito do seminário, cuja programação foi definida por acadêmicos da UFRGS, é projetar a realidade atual do mundo do trabalho e aquilo que se espera até 2021. “Estamos imaginando os processos futuros do trabalho e seu impacto na sociedade. Reunimos pesquisadores do tema de diferentes partes do Brasil e temos o ano de 2021 como horizonte”, relata.

Cientista social e professor de sociologia da UFRGS, Antonio Cattani é o organizador do livro “Trabalho: horizonte 2021”, que reúne artigos sobre o papel da tecnologia no mundo do trabalho, o sindicalismo contemporâneo, entre outros temas. “Temos uma ideia de que atualmente um modelo de relações de trabalho está consolidado. Ele se manifesta por meio da informalidade, da precarização, das terceirizações”, explica. Este quadro estaria diretamente vinculado ao neoliberalismo e as entidades de classe estariam com seu poder de mobilização comprometido. “O movimento sindical está fragilizado, perdeu relevância, afinal, as pessoas se envolvem cada vez menos, a cultura do associativismo está mais fraca”, analisa.

Confira os destaques da programação:

Pela manhã, no painel de abertura, a pesquisadora Isabel Georges, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apresentou “Políticas sociais, trabalho e construções territoriais”. Ela fez uma análise das formas de concretização de políticas sociais de cunho familista (assistência e assistência à saúde), suas implicações sobre a posição de mulher na família e as relações de gênero nas esferas pública e privada, focando na construção social do território.

José Ricardo Ramalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresenta “Trabalho, indústria e estratégias de desenvolvimento”. Ele aborda como as grandes empresas e inversões público-privadas em localidades e regiões brasileiras têm repercutido na constituição e organização dos mercados, nas relações de trabalho, nas questões ambientais, criando dinâmicas diferenciadas de participação institucional e política.

Do Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFRGS, Maurício Rombaldi, tratou da internacionalização do sindicalismo e regulação das relações de trabalho. Da Universidade Federal da Paraíba (UFPb), Roberto Veras de Oliveira, apresenta a agenda de desenvolvimento no Brasil e suas implicações nas dinâmicas sociais e do trabalho.

Na  parte da tarde, o seminário trata de questões como informalidade, por meio da participação do professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Adalberto Moreira Cardoso. Cardoso fala sobre a forma como estão direcionadas as políticas públicas voltadas à informalidade, que abam por tratam este tipo de atividade como “problema a ser sanado”. O corte de gênero e raça na informalidade é o tema da representante da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET), Angela Araújo. Jacob Carlos Lima, da Universidade   de São Carlos, aborda trabalho criativo, informal e precário, a partir de uma análise das ocupações vinculadas às tecnologias de informação .

Também na programação da tarde,  Lorena Holzmann e Antonio David Cattani , do Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFRGS, apresentam respectivamente  os temas “Trabalhadores por conta própria: um estudo qualitativo” e “Trabalho: Horizonte 2021”.

O evento segue nesta sexta-feira, com painel sobre condições de trabalho e qualidade de vida, com os pesquisadores Ana  Claudia Cardoso (Dieese), Mário César Ferreira (UnB), Sadi Dal Rosso (UnB), e Silvia Araújo (UFPR). À tarde, as atividade são restritas aos pesquisadores,, assim como no sábado (6) pela manhã.

 


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