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11 de dezembro de 2014
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22:48

Reunião tenta encaminhar acordo para pagamento de indenizações da Iesa

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Sul 21
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Reunião tenta encaminhar acordo para pagamento de indenizações da Iesa
Reunião tenta encaminhar acordo para pagamento de indenizações da Iesa
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No final de novembro, comunidade se mobilizou pela readmissão dos trabalhadores|Foto: Fábio Ferreira/Prefeitura de Charqueadas

charqueadas3 foto fabio ferreiracharqueadas3 foto fabio ferreiracharqueadas3 foto fabio ferreiraDa Redação

Um acordo foi encaminhado em reunião na manhã desta quinta-feira (11), na Vara do Trabalho de São Jerônimo, Região Metropolitana, entre o Sindicato nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Charqueadas (Sindimetal), a Ilesa Óleo & Gás, a Petrobras, o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho para o pagamento das indenizações aos funcionários despedidos da fábrica. por esse motivo, a audiência marcada pela parte da tarde foi transferida para o dia 16 e dezembro.

No encontro, uma proposta foi apresentada e os advogados da Petrobras consultarão a direção da estatal sobre a alternativa, conforme o presidente do Sindimetal, Jorge Carvalho. Segundo ele, a Petrobras arcaria com as indenizações e, em contrapartida, O Ministério Público do Trabalho poderia desistir da ação que moveu por danos morais por conta das demissões em massa. “É o caminho”, acrescentou ele. Na próxima terça-feira (16),  o acordo poderá ser selado em caso de todas as partes concordarem.

Em novembro, 932 trabalhadores foram demitidos pela Iesa, que fabrica módulos de plataformas de petróleo no Polo Naval do Jacuí.  Os funcionários,  em licença remunerada graças a uma liminar da Justiça  do Trabalho, estão acampados na fábrica, em Charqueadas.  A Iesa alegou não ter condições de pagar as indenizações, enquanto a Petrobras e o Consórcio Tupi B. V. argumentam não ter responsabilidade sobre as questões trabalhistas. No entanto, a Justiça do Trabalho reconheceu a responsabilidade solidária da estatal e, por isso, a Petrobras deverá arcar com os custos das indenizações. Confiante no acordo, Carvalho informou que as indenizações somam entre R$ 23 e R$ 25 milhões, e a ação por danos morais estaria estimada em R$ 300 milhões, o que seria mais vantagem para estatal arcar com o valor menor.

De acordo com o dirigente sindical, o Sindimental está buscando uma nova empresa para se instalar na sede da fábrica, que teria R$ 500 milhões em equipamentos investidos pela Petrobras, para absorver boa parte dos funcionários demitidos. Segundo Carvalho, os trabalhadores de outros Estados, que representariam 40% do total dose 932, pretendem voltar para as cidades onde moram.

A Iesa vinha já algum tempo com problemas financeiros, mas a situação se agravou com o rompimento do contrato pela Petrobras depois que veio à tona o envolvimento da empresa nas denúncias de corrupção dentro da estatal.  Donos da Iesa, inclusive, foram presos na Operação Lava-Jato.


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