Caio Venâncio
Iniciativa de diferentes movimentos sociais e partidos de Esquerda que buscam a Reforma Política, o Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político iniciou sua votação nesta segunda-feira (1°), tendo prosseguimento até o próximo domingo (7). As urnas estão localizadas em diversos pontos, especialmente em sindicatos e estabelecimentos de ensino.
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Pela manhã, no Comitê estadual da campanha, localizado no SindBancários (Rua General Câmara, 424), o movimento era pequeno e os organizadores sofriam com o atraso na entrega de materiais de divulgação. O Sindicato dos Professores de Ensino Privado (Sinpro/RS) montou urnas em 44 colégios e universidades pelo estado. Em Porto Alegre, alguns deles são o Colégio Rosário, Dom Bosco, Bom Conselho, Champagnat, e as universidades PUCRS, Unisinos e Uniritter. Em alguns casos, há parcerias com os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs).
Sindicalista defende Plebiscito para mudar o país
Gerenciador operacional de cinema, Fábio Caldas votou no Plebiscito logo pela manhã. Para ele, iniciativas como esta aperfeiçoam a democracia. Caldas acredita que independente do número de votos obtidos o processo vai trazer resultados. “Todo cidadão deve participar, não só pelo tema. Esta é a melhor forma, estes plebiscitos tinham que ter validade oficial. Assim, a opinião do povo é escutada”, afirma.
Presidente do SindBancários, Everton Gimenis conta que a participação no Plebiscito foi elencada como prioridade entre a categoria. Até mesmo urnas volantes circularão pelas agências bancárias, em esquema semelhante às eleições do sindicato. Gimenis vê como necessária uma mudança estrutural nas regras da política nacional. Hoje, os trabalhadores são 70% da população brasileira, mas seus representantes ocupam apenas 19% das cadeiras do Parlamento. “Temos que corrigir estas distorções. É preciso reforçar a fidelidade partidária, o voto em lista e instituir o financiamento público de campanha. Como sindicato, não cuidamos apenas de nossas questões enquanto categoria, queremos também mudar o país”, explica.
Se vivo estivesse, Brizola seria defensor do Plebiscito, garante militante do PDT
Membro do DCE da Unisinos, que apoia e faz campanha pelo plebiscito, Daniel Sauer pensa que não havia motivos para ficar de fora do projeto. Sauer crê que, apesar da desinformação da maioria das pessoas, que não sabia da realização do plebiscito, o momento é propício para fazer uma discussão em torno da necessidade de uma Reforma Política. Com uma meta ousada de participação, o militante aposta no revigoramento do movimento estudantil na Unisinos, que teve sua tradição retomada nos últimos anos. “Esperamos coletar entre 10 e 15 mil votos. Por enquanto a recepção entre os estudantes está sendo positiva, mas daqui a pouco não duvido que alguém diga que é coisa de petralha”, ironiza, referindo ao termo que é usado pejorativamente para identificar simpatizantes ou militantes do PT.
Conhecida como Casa dos Grandes Debates, a Assembleia Legislativa também conta com uma urna do Plebiscito. Advogado, militante do PDT e tendo sido vereador de São Sepé (RS) por quatro mandatos, Luiz Otávio Gazen é mais um entusiasta do Plebiscito. Ele diz apoiar a iniciativa surgida após a negativa do Congresso Nacional em aprovar a reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff (PT) depois dos protestos de junho 2013. “Temos que tirar o descrédito da política, diminuir esta história de votar em pessoa, não em partido”, defende.
Colocando-se como exemplo de um pedetista “brizolista e de esquerda”, o advogado acredita que, se vivo estivesse, Leonel de Moura Brizola, figura histórica do partido, também seria um árduo defensor do plebiscito. “Ele era rígido com o partido e detestava esta política como balcão de negócios. Tinha até coragem pra expulsar prefeitos se não cumprissem o programa”, recorda.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diversos grupos de alunos se articularam e haverá urnas nos campus Centro e Vale. O DCE, no entanto, não participa da iniciativa. Presidente da entidade, Lucas Jones diz que só soube do plebiscito neste domingo (31 de agosto), ao ler uma notícia na internet. Ele conta que não existe uma posição fechada, mas a gestão é “receosa” em relação a mudanças constitucionais.
Confira alguns locais de votação em Porto Alegre:
CUT-RS
Rua Dr. Barros Cassal, 283, Floresta
CPERS/Sindicato
Av. Alberto Bins, 480 – Centro (Haverá urnas em diversas escolas da capital e do interior)
ADUFRGS-Sindical
Rua Otávio Corrêa, 45, Cidade Baixa (de 01 a 05 de setembro, das 9h às
18h)
ADUFRGS-Sindical
Subsede do Campus do Vale: Avenida Bento Gonçalves, 9500, prédio 43.606, Setor 2, bairro Agronomia
SINTAE/RS
Rua Dr. Barcelos, 2480/102, Bairro Tristeza
SINTAE/RS
Subsede: Estrada Antônio José Santana, 659/13, Bairro Lomba do Pinheiro
Sindicato dos Bancários
Rua General Câmara, 424, Centro (A entidade contará com mais 25 urnas itinerantes indo nos locais de trabalho bancários por toda a base de Porto Alegre e região: Porto Alegre, Esteio, Sapucaia do Sul, Canoas, Guaiba, Nova Santa Rita, Barra do Ribeiro, Sertão Santana, Eldorado do Sul, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha, Charqueadas e São Jerônimo)
SINPRO
Avenida João Pessoa, 919, Farroupilha (Haverá urnas em diversas escolas da Capital e do interior)
Sinttel RS
Sede I: Rua Washington Luiz, 572,Centro Histórico
Sede II: Rua General Auto, 349, Centro Histórico
Hospital Ernesto Dornelles
Avenida Ipiranga, 1801, Praia de Belas (1º de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital Femina
Rua Mostardeiro, 17, Moinhos de Vento (1º de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Instituto de Cardiologia de Porto Alegre
Av. Princesa Isabel, 395, Santana (2 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Santa Casa de Misericórdia de POA
Rua Prof. Annes Dias, 295, Centro (2 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital São Lucas/PUC
Avenida Ipiranga, 6690, Jardim Botânico (03 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital de Clínicas de POA
Ramiro Barcelos, 2.350, Santa Cecília (3 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital Cristo Redentor
Rua Domingos Rubbo, 20, Cristo Redentor (3 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital Nossa Senhora da Conceição
Avenida Francisco Trein, 596, Bairro Cristo Redentor (4 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30)
Hospital Vila Nova
Rua Catarino Andreata, 155,Vila Nova (4 de setembro, das 6h30 às 8h30, das 11h30min às 13h30 e das 17h30 às 19h30min)
