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30 de julho de 2012
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11:54

Conservadora e contraditória

Por
Sul 21
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Ramiro Furquim/Sul21

Sem citar nomes, o competentíssimo jornalista Marcos Rolim, histórico defensor dos direitos humanos, critica, em sua coluna semanal no diário que se esforça por (de)formar opiniões entre os leitores gaúchos, aqueles que apoiam o tal “Manifesto contra a descriminalização das drogas“, divulgado pelo Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (!). Rolim atinge (sem querer?) o jornal em que publica sua crítica. E o faz com muita classe, é preciso dizer.

Nem dois dias antes (já que o jornal de domingo sai no sábado), na sexta-feira, Zero Hora dedicou seu editorial a reforçar a postura conservadora da empresa em relação aos grandes temas da sociedade, abordando a questão da descriminalizacao do usuário de drogas, que vem sendo discutida na proposta de reforma do nosso ultrapassado código penal. O grupo que assina o manifesto, liderado pelo deputado gaúcho Osmar Terra, não só é contra a descriminalização como também apoia um projeto de lei que coloca penas mais duras para traficantes e usuários.

Além de conservador, o jornal é contraditório. Sua argumentação é simplista, apontando um cenário de causa e consequência invariável, como se descriminalizar o uso de drogas aumentasse o consumo, que aumentaria a violência. Então apoia o documento assinado por setores conservadores da sociedade, incluindo políticos, Igreja etc. É do simplismo da argumentação, pouco embasada, que nasce a contradição.

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