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13 de outubro de 2011
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14:30

Oposição uruguaia critica ex-presidente por cogitar guerra contra a Argentina

Por
Sul 21
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Ex-presidente uruguaio afirmou nesta semana que cogitou entrar em guerra contra a Argentina no caso das papeleiras | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Da Redação

Os partidos de oposição no Uruguai se manifestaram nesta quarta-feira (12) a respeito das recentes declarações do ex-presidente Tabaré Vázquez. Ele afirmou que no período que esteve à frente do governo (2005-2010) chegou a analisar a possibilidade de declarar guerra à Argentina pela polêmica instalação de uma fábrica de celulose e inclusive pediu apoio dos Estados Unidos.

“Tínhamos um conflito muito sério com a Argentina e um presidente tem a obrigação de pensar em todos os cenários possíveis”, relatou Vázquez durante uma palestra na terça-feira para estudantes. Na conversa com os alunos contou que chegou a analisar “até um conflito bélico”.

O presidente do Diretório do Partido Nacional, o senador Luis Alberto Heber, qualificou as afirmações de Vázquez como “inadmissíveis”. O também senador Pedro Bordaberry, candidato presidencial do Partido Colorado nas últimas eleições (2009), afirmou que as declarações de Vázquez foram “um ato de irresponsabilidade”.

O ex-governante uruguaio afirmou que durante a visita a Washington em 2007 pediu apoio a Bush e a então secretária de Estado, Condoleezza Rice, diante da possibilidade de um conflito bélico contra a Argentina. Vázquez destacou que tanto Bush quanto Rice declararam que o Uruguai “era um país amigo e parceiro dos EUA” e com isso “se aplacaram todos os ânimos” na Argentina.

O conflito pela planta de celulose da empresa Botnia, construída em território uruguaio às margens do rio Uruguai, fronteira natural com a Argentina, com um investimento de US$ 1,8 bilhão, durou sete anos e chegou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, que permitiu o funcionamento da fábrica de celulose, alegando que não havia provas de que contaminasse o meio ambiente.

A situação foi amenizada com a chegada de Cristina Fernández de Kirchner à Presidência argentina em 2007 e passaram a ser cordiais após a ascensão de José Mujica como presidente do Uruguai em 1º de março de 2010.

Com informações do Opera Mundi


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