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18 de agosto de 2011
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18:41

Ilegalidade do aborto prejudica mulheres pobres e negras, aponta pesquisa

Por
Sul 21
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Roosewelt Pinheiro/ABr
Aborto clandestino se vincula a grupos sociais mais vulneráveis | Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

Da Redação

As mulheres pobres – e particularmente aquelas que são negras – estão entre as principais prejudicadas pela ilegalidade do aborto no País. É o que aponta o levantamento feito pela pesquisa “Advocacy para o Acesso ao Aborto Legal e Seguro” apresentado nesta quinta-feira (18) em audiência pública no Senado. A atividade foi organizada pela Frente Nacional pela Legalização do Aborto e integra a programação da Marcha das Margaridas.

O levantamento foi apresentado pela pesquisadora Paula Viana, que participou da pesquisa Advocacy para o Acesso ao Aborto Legal e Seguro: Semelhanças no Impacto da Ilegalidade na Saúde das Mulheres e nos Serviços de Saúde em Pernambuco, Bahia, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

A pesquisa revela que casos registrados na Bahia e Mato Grosso do Sul, “onde há, respectivamente, alto percentual de mulheres negras e indígenas”, o levantamento indica que o aborto clandestino se vincula aos grupos sociais mais vulneráveis (quando se consideram critérios como etnia e classe social).

“Quem tem poder econômico paga, e muito bem, pelo aborto em clínicas clandestinas. São as mulheres pobres que morrem devido ao aborto mal feito”, declarou Rosane Silva, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Uma das principais recomendações da pesquisa foi a aprovação, pelo Congresso, de projetos de lei que descriminalizem o aborto e permitam a sua realização por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Frente Nacional Pela Legalização do Aborto teve início em 2008 e surgiu como uma resposta à prisão de dezenas de mulheres e cerca de 2 mil sob ameça de prisão acusadas de particarem aborto no Mato Grosso do Sul. A programação da audiência pública inclui análise da conjuntura, apresentação da plataforma, além do debate de estratégias de mobilização para o próximo período.

Com informações da Agência Senado e da Marcha Mundial das Mulheres.


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