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28 de março de 2011
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14:42

União Europeia propõe acabar com uso de gasolina e diesel nas cidades em 40 anos

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

A União Europeia, reunida na manhã desta segunda-feira (28), em Bruxelas, propôs que veículos movidos a gasolina e diesel sejam abolidos das grandes cidades até 205o. A sugestão faz parte de um plano mais amplo para transformar em mais competitivo e menos poluente o setor de transportes. “Podemos acabar com a dependência do petróleo que tem o transporte sem sacrificar sua eficiência e sem compromoter sua mobilidade”, disse o responsável pelo Transporte da Comunidade Europeia, Siim Kallas.

Bruxelas também definiu outras metas, como reduzir em 40% as emissões da navegação marítimas nas próximas quatro décadas e também quer que 40% do combustível utilizado na aviação seja com baixo teor de monóxido de carbono até 2050. Outra meta estabelecida é a de que os transportes de médias distâncias deixem de ser feitas por caminhão e sejam transferidas para trem e outros meios de transporte. Todo este esforço proposto hoje chegaria a uma redução de 60% de poluidores do ar em relação ao que era consumido em 1990.

Já o Greenpeace diz que, “apesar deste corte ser considerável, a UE não propõe nenhuma estratégia coerente para atingir este objetivo e só adia as decisões em décadas e décadas”. A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis também criticou a proposta dizendo que “não adianta nada propor uma redução do uso do automóvel quando as autoridades governamentais não oferecem boas alternativas”. A Associação lembrou ainda que sem o transporte de mercadorias por caminhões haverá um estragulamento no transporte de carga.

A União Europeia acredita que haverá um investimento de 1,5 bilhão de euros nos próximos quarenta anos para que se façam todas estas modificações, incluíndo triplicar a atual rede de trens de alta velocidade até 2030. A UE quer também incentivar o investimento privado nas redes de trens. Siim Kallas disse também que a redução de 50% no uso dos veículos com diesel e gasolina até 2030 e a sua total troca por veículos elétricos em 2050 se dará através de incentivos fiscais. No entanto, não especificou quais.

Com informações do El Mundo


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