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10 de novembro de 2010
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18:24

Ex-comandantes britânicos dizem que Argentina pode retomar Malvinas

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

Cinco ex-comandantes britânicos escreveram uma carta ao jornal “The London Times” dizendo que o governo do Reino Unido está deixando as Ilhas Malvinas desprotegidas e que o governo argentino poderia retomar o arquipélago, “na maior humilhação pela qual poderia passar a Grã Bretanha”.

No mês passado, o primeiro ministro David Cameron anunciou um corte de 8% nos gastos com a Defesa. Além disto, a armada do país não contará com um porta-aviões próprio nos próximos 10 anos. Neste tempo, Cameron anunciou que a Inglaterra poderá usar um porta-aviões francês, mas analistas dizem que dificilmente a França permitiria enviá-lo para a América do Sul.

Para os cinco ex-comandantes, a decisão do corte de investimentos na Defesa é “incompreensível e perigosa, além de uma opção financeira desastrosa porque põe em dúvida a capacidade do país para defender as ilhas. Segundo estes militares, a vitória na Guerra das Malvinas, em 1982,só foi possível pela colocação estratégica de porta-aviões na região. Alan West, ex-ministro especial para a luta contra o terrorismo, disse para a BBC, que os “argentinos estão considerando a questão da soberania das Ilhas Malvinas como um assunto muito importante”. Ele prevê ainda que as tensões podem aumentar quando a  Inglaterra começar a exploração de petróleo na região.

O ministro das Forças Armadas da Inglaterra, Nick Harvey, disse que estas críticas são desproporcionais e que o país está preparado para defender as ilhas. “Hoje, a situação das Falklands é completamente diferente de 1982. Agora, estamos muito mais alertas, com boa defesa aérea, soldados e submarinos. Não temos inteção de perdê-las e não vamos precisar de porta-aviões para recuperá-las”, completou Nick.

Já o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, disse há alguns dias que “a Argentina tem o dever de recuperar as Ilhas Malvinas, não com armas, mas com muito diálogo.

Com informações do Clarín


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