Jorge Seadi
Com o objetivo de combater a fome, representantes de governos e de organizações sociais estão reunidos desde segunda-feira (15) em Brasília, na 14ª Reunião Especializada sobre a Agricultura Familiar no Mercosul. Participam das discussões representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como integrantes do Mercosul, tendo ainda o Chile como convidado. Do continente africano, participam das discussões representantes da África do Sul, Gana, Quênia, Zimbabue, Costa do Marfim e Ruanda, além da Índia.
Na reunião, foi firmado o protocolo para criação do Programa Regional de Compras Públicas da Agricultura Familiar, como incentivo para o fortalecimento da agricultura familiar.
O ministro da Agricultura e Pesca da Argentina, Julián Dominguez, disse que a “agricultura familiar tem grande potencial para fornecer alimentos ao mundo e sua prática consolida em cada país a característica de verdadeira república quando apoia os entes que protagonizam a produção”. O ministro disse também que os setores públicos e privados devem trabalhar no apoio à agricultura e “na consolidação de uma América Latina melhor para todos”.
O representante do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) para América Latina e Caribe, José Graziano, acredita que a agricultura ainda não trabalha com todo o seu potencial para a eliminação da pobreza e da fome no mundo porque “enfrenta problemas corriqueiros como o acesso à terra e questões do meio ambiente”.
A ministra brasileira do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, destacou que um milhão de pessoas passam fome no mundo. Ela afirma que “é preciso que os governos sejam cada vez mais ousados em iniciativas para combater a fome”. O ministro de Desenvolvimento Agrário do Brasil, Guilherme Cassel, afirmou que a renda do agricultor brasileiro cresceu três vezes nos últimos 8 anos, em relação aos outros trabalhadores. Segundo o ministro, o trabalho que se faz junto ao agricultor familiar, aqui no Brasil, abre perspectivas importantes para o país.
O encontro termina hoje na capital federal.
Com informações da Agência Brasil
