Opinião
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25 de novembro de 2020
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13:15

O triste fim da Corsan (por Arilson Wünsch)

Por
Sul 21
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“Últimas gestões estão levando Companhia à bancarrota”. (Foto: Corsan/Divulgação)

Arilson Wünsch (*)

Fundada em 1965 para levar água e vida para a sociedade gaúcha vê nesses últimos anos que as gestões estão levando a Companhia à “bancarrota”, pelas desastrosas gestões que estão passando por nossos quadros. Gestões essas com a saga de desmanchar o bom serviço prestado pela Companhia aos municípios do RS. Lamentavelmente hoje a gestão do atual presidente e do Governador quer entregar a Corsan para a iniciativa privada, ou seja, estão deixando a qualidade dos serviços de lado para atender o mercado.

E Como se faz isso? É muito simples, basta não atender direito aos usuários que são a peça fundamental desse quebra cabeça. A Companhia está desde 2012 sem concursos públicos para nenhum dos cargos de
operação e manutenção. Mesmo com pessoas saindo por aposentadoria ou ainda por buscarem alternativas melhores estamos ficando sem quadro para executar as tarefas. A inovação de agora é um concurso público fake com validade de seis meses para contratação emergencial antes que o sistema entre em colapso por falta de gente para operar. A ideia de entrega é tão grande que o planejamento é apenas de seis meses. Isso é triste para o povo gaúcho.

E quem sofre com esse descaso, são os próprios funcionários que ficam e tem que se redobrar pra cumprir as tarefas, mas principalmente a sociedade, que vê os serviços diminuírem. Ainda faz parte da receita do bolo da privatização não adquirir materiais, peças de reposição de qualidade, logo, conserta-se a rede e ela volta a apresentar problemas, causando prejuízos para a Companhia.

Temos uma situação trágica para enfrentar, ou a sociedade e os políticos se posicionam na defesa da Companhia que serve a mais de 300 municípios ou entregaremos para a iniciativa privada toda gestão da água e do saneamento, o agente operador já está na Corsan, cabe a FAMURS também se posicionar, todos sofrerão, mas quem sofrerá as maiores consequências serão os municípios menores. Triste realidade que estamos passando.

(*) Presidente do SINDIÁGUA/RS

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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