Opinião
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12 de setembro de 2020
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11:20

Parabéns, Banrisul velho de guerra! (por Ana Maria Betim Furquim e Denise Falkenberg Corrêa)

Por
Sul 21
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Ato de Aniversário do Banrisul e em Defesa do Serviço Público, em 2016. Foto: Maia Rubim/Sul21

Ana Maria Betim Furquim e Denise Falkenberg Corrêa (*)

Hoje, 12 de setembro, o Banrisul faz 92 anos de existência. É um velhinho que se renova a cada ano, um banco que sabe aliar modernidade com tradição e que sobrevive a governos privatistas, oscilações de mercado e crises econômicas. Um banco que resistirá mais uma vez e ultrapassará a pandemia com a força de seus funcionários.

Os banrisulenses renovaram seu Acordo Coletivo de Trabalho para mais dois anos. Lutamos por isso, em uma negociação respeitosa e transparente não só pela defesa dos nossos empregos e direitos, mas pela defesa do Banrisul público e forte.

Conseguimos fechar um acordo que irá garantir reajuste salarial, formação para aqueles que mudarão de função no banco, debates sobre saúde, gênero e diversidade que tornarão o Banrisul mais inclusivo e plural. Mantivemos nossos direitos e abrimos o diálogo permanente entre funcionários e patrões.

Ao longo das suas mais de nove décadas de história, o Banrisul foi bastante ameaçado de privatização. Em diversos momentos estivemos na Assembleia Legislativa impedindo que o banco acabasse sendo vendido. Não é à toa: ele é a joia da coroa, um dos principais patrimônios das gaúchas e dos gaúchos e um banco que dá lucro, o que por si só o torna atraente aos olhos do mercado especulativo.

Contudo, o Banrisul só poderá continuar cumprindo o seu papel social se permanecer público e esse sempre foi o ponto crucial da nossa Campanha Salarial. A importância do Banrisul público fica ainda mais evidente no atual contexto de uma pandemia sem precedentes, em que o banco vem socorrendo seus correntistas concedendo crédito, facilitando o pagamento de dívidas, reduzindo juros, financiando projetos.

O enfrentamento da pandemia é feito assim, com apoio a quem mais precisa, com parceria. Por isso, os banrisulenses estão na luta, nas agências ou em home office, atendendo à população diariamente. Organizamos a fila, garantimos o distanciamento recomendado pelos protocolos de saúde, pagamos os funcionários públicos do Estado, depositamos as pensões e aposentadorias. Não paramos, em nenhum momento, mesmo que muitos de nós estejam adoecendo física e mentalmente.

E vamos continuar assim, hoje e sempre, defendendo e valorizando o Banrisul, na luta pelo banco do Estado do Rio Grande do Sul!

(*) Diretoras da Fetrafi-RS e membros do Comando Nacional dos Banrisulenses

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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