Opinião
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2 de julho de 2020
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11:20

Nas letras, o resistir: os tambores silenciosos do governo Bolsonaro em cena (por Gabriel Duarte Costaguta)

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Sul 21
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Nas letras, o resistir: os tambores silenciosos do governo Bolsonaro em cena (por Gabriel Duarte Costaguta)
Nas letras, o resistir: os tambores silenciosos do governo Bolsonaro em cena (por Gabriel Duarte Costaguta)
Bolsonaro discursa a apoiadores que pediam um novo AI-5 | Foto: Reprodução/Twitter

Gabriel Duarte Costaguta (*)

“O rapaz puxou o freio de mão, desceu e tirou do assento traseiro os amarrados dos jornais, carregando-os para a parte dos fundos do casarão, onde encontrou já na sua salinha preferida o prefeito, Coronel João Cândido Braga Jardim. […] o prefeito ordenou: me dá aqui meu exemplar e leva o resto e mais o atado do Diário de Notícias e queima tudo, não quero saber de um deles salvo do fogo e se isso acontecer mando te cortar as bolas no palco do ‘Cine-teatro Thalia’. O rapaz obedeceu e, como sempre fazia, queimou todos menos um, o exemplar destinado à Ação Integralista Brasileira, que assim permitia os plinianos tomarem conhecimento dos manifestos do chefe, transmitidos do Rio, das noites dos tambores silenciosos, da atividade dos núcleos municipais e da doutrinação do companheiro Miguel Reale.”

Os tambores silenciosos [1], do escritor gaúcho Josué Guimarães, oscila entre a caracterização de costumes interioranos e uma sátira política crítica às elites mandonistas da década de 1930. Publicado no ano de 1977, em meio a ditadura militar brasileira (1964/85), o enredo retrata a história da imaginária cidade gaúcha de nome Lagoa Branca durante a Semana da Pátria de 1936. O prefeito da cidade, o Coronel João Cândido Braga Jardim – típico latifundiário interiorano, dono de um linguajar nada articulado, e que, por sua condição social, ascendeu ao cargo de prefeito da cidade -, busca impossibilitar o acesso à notícias a qualquer cidadão da pacata cidadela, disponibilizando apenas aquelas vindas do seu jornal particular, o redentor A Voz da Lagoa.

Ao tentar implementar a sua política de informações – censurando jornais [Correio do Povo e Diário de Notícias], confiscando rádios e controlando as correspondências que saíam e chegavam à cidade -, o Coronel impunha sua concepção política coronelista e autoritária. Apenas tratava de ler os jornais “de fora”, ele mesmo, para não ser surpreendido por notícias “estrangeiras”, uma espécie de “eu não posso ser surpreendido com notícias, Pô. […] A gente não pode viver sem informação. Quem é que nunca ficou atrás da porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha tá comentando? Tem que ver pra depois que ela engravida não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes. […] É informação assim[2]. Todo o intenso movimento de fechamento das fronteiras municipais de Lagoa Branca às informações tinha uma razão principal: fazer da festividade do dia 7 de setembro de 1936 um evento que entrasse para os anais da história do Brasil como exemplo de patriotismo. Nada poderia dar errado!

A literatura, de modo geral, e, aqui, os personagens de Josué Guimarães, em particular, orientam nossa reflexão em relação àquelas posições autoritárias, tão explícitas no agora, que insistem em direcionar o devir político para um pretérito obscurantista eivado de negacionismos e de arbitrariedades. Em tempos de desespero como os nossos, nos quais buscamos compreender a natureza da atual crise da democracia brasileira e a ascensão meteórica de um autoritarismo desavergonhado, toda interpretação expressa artisticamente nesses tempos autoritários parece oferecer um alentador horizonte de sentidos e de esperança. Se história, literatura e política tem a condição humana como ponto de intersecção, vale-nos recorrer a seus exemplos como farol orientador em meio à nebulosa carga ditatorial que paira sobre a atualidade política do país.

No Brasil, muitos são os exemplos de autores que, através da literatura, exibiram seus instrumentos de atuação política. Em fins do século XIX, Machado de Assis, no domingo após a data da Abolição da Escravatura (1888), panfleteava nas ruas da capital federal seu poema “13 de maio”, conclamando a elite branca a aceitar a vitória abolicionista e a instauração do trabalho assalariado. Em meados do XX, Euclides da Cunha expôs a faceta de horror fruto extermínio do movimento de Canudos em Os Sertões (1902) e, em Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto deixou transparecer o medo vivenciado sob o governo repressivo de Floriano Peixoto.

Pouco tempo depois, o ambiente intelectual dos anos 1920 seria inundado por manifestos de caráter marcadamente político – Pau Brasil (1924), Terra roxa e outras terras (1926), Regionalista (1926) e o Antropófago (1928) -, momento em que a construção da identidade nacional se tornou importante questão na ordem do dia. Muitos dos textos anunciavam um mundo em transformação, mas não se sabia ainda em qual direção.

Os anos 1930, por sua vez, apresentaram uma atmosfera intelectual tecida pelo descrédito no porvir. A temporalidade histórica experienciada foi traduzida pelo filósofo francês Paul Valéry, em conferência na Universidade dos Annales em 1935, como um tempo que apresentava “de um lado, um passado que não está abolido nem esquecido, mas um passado do qual nós não podemos tirar quase nada que nos oriente no presente e nos possibilite imaginar o futuro. De outro lado, um futuro de que não fazemos a menor ideia”[3]. Da mesma forma, a angústia gerada pela impossibilidade de desenhar qualquer expectativa animadora de futuro levou a filósofa Hannah Arendt a caracterizá-lo como “tempos sombrios”[4], momento em que se deu o soterramento do benefício da incerteza política – dimensão, para o cientista político polonês Adam Przeworski[5], indispensável à prática democrática – a partir da emergência de líderes autoritários/totalitários. Adolf Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália), Francisco Franco (Espanha), Antônio Salazar (Portugal), Getúlio Vargas (Brasil); todos eles, apenas para citar os mais conhecidos, ampararam-se em discursos de ódio salvacionista e legitimaram a violência e a censura como políticas de Estado. O autoritarismo se fez hegemônico naquele contexto e, após mais uma Guerra Mundial (1939/45), parecia que havíamos, de fato, derrotado o fascismo.

Ingressamos na década de 1950 e, em meio à euforia desenvolvimentista, da materialização da ideia de modernização representada pela construção da nova capital federal (Brasília), do acelerado processo de urbanização e de verticalização dos grandes centros urbanos, das novidades trazidas pela telecomunicação e das promessas de um país que viria a ser desenvolvido, João Guimarães Rosa publicou Grande Sertão: Veredas (1956), desvelando um brasil abandonado, dominado pelo mandonismo local, esquecido em meio às certezas promissoras circulantes nos grandes centros urbanos. Graciliano Ramos, por seu turno, rememorou os momentos de terror vividos nos porões da ditadura varguista em Memórias do Cárcere (1953), e Adoniran Barbosa cantou o frio e segregador processo de transformação urbana em Saudosa Maloca (1951).

Durante o período da ditadura militar pós-1964, O Poema Sujo (1976) de Ferreira Gullar, e O que é isso, companheiro? (1979) de Fernando Gabeira, tornaram-se exemplos emblemáticos. Já a poesia musicada teve sua representação nas canções, por exemplo, de Chico Buarque de Holanda (O que será) e Geraldo Vandré (Para não dizer que não falei de flores). Para nós, que estamos revivendo, mais uma vez, a ascensão e materialização do autoritarismo brasileiro, esta miríade literária desvela uma via interpretativa sobre realidades violentas e arbitrárias, aquelas as quais os discursos oficiais de Estado insistem em esquecer ou silenciar. Jair Bolsonaro surfa no silenciamento da memória nacional. Se o Estado insiste em manter os arquivos militares do período da ditadura militar encarcerados, tão caros aos autoritários, apanhemos sua realidade por outro caminho: o literário. Nas letras, o resistir!

Um paralelo possível entre a figura do capitão/presidente Jair Bolsonaro e o prefeito/coronel João Cândido parece-nos apropriado. Suas características de liderança se alinham perfeitamente. Insegurança, egocentrismo e repulsa a qualquer manifestação intelectual que fuja de suas capacidades cognitivas são traços compartilhados por ambos. A violência com a qual o Coronel João Cândido expressa a ordem de que nada saísse errado durante a festividade do 7 de setembro fez com que seus subordinados, oprimidos por ele, opressores de primeiro calão. Prisões arbitrárias, práticas de tortura, coações e intimidações, converteram-se em práticas políticas de governo comuns em Lagoa Branca. O discurso autoritário do coronel/prefeito se convertia em prática, alastrando o medo pela cidade, deixando rastros de terror em uma população coagida.

Qualquer semelhança com o contexto brasileiro atual, como dito, não é mera coincidência. O discurso presidencial vem, paulatinamente, tornando-se prática. Ao mesmo tempo em que junho de 2020 marca a explosão de protestos antirracistas em todo o mundo, o Brasil vivencia o aumento vertiginoso da violência contra uma parcela da população que, pela recorrência com que tais violências as atingem, tornam-se de fácil identificação: a população afrodescendente de periferia, os povos originários e a comunidade LGBT+. O último boletim sobre violência policial apresentado no Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que, em São Paulo, a mortalidade oriunda de ações policialescas aumentou 31% entre os meses de janeiro e abril, tudo isso durante as políticas de isolamento social em combate ao coronavirus. Dentre os casos mais emblemáticos, o assassinato do adolescente negro Guilherme Silva Guedes (15) ilustra o arsenal autoritário e racista do Estado brasileiro: o jovem desapareceu na zona sul da capital paulista e foi encontrado em Diadema com dois tiros e marcas de agressões. A recorrência de atos violentos contra os mesmos grupos são sinais da permanência de antigos conhecidos sociopolíticos nacionais: o racismo e o autoritarismo. A faceta racista e autoritária de Jair Bolsonaro, nunca mascarada por ele, vem sendo alertada há, no mínimo, 30 anos. Todos que o elegeram tinham pleno conhecimento deste traço em sua personalidade, e carregarão em suas biografias a marca de dor que caracteriza o atual momento político nacional.

Em um curto espaço de tempo, muitas foram as análises que buscaram traçar paralelismos entre o fascismo à brasileira do período entreguerras às posturas adotadas pelo executivo nacional[6]. Uma das últimas ações que gerou reações imediatas foi a tentativa de reorganizar a via de acesso aos números da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), no sentido de camuflar a situação sanitária nacional, intuindo forçar o relaxamento das restrições de mobilidade impostas enquanto medidas preventivas. Afinal, como disse certa vez o Coronel João Cândido, “jornais na verdade só publicam o que é ruim, qualquer tremor de terra eles logo chamam de terremoto, qualquer chuvarada é enchente, duas mortes é epidemia”.

Sobre o acontecido – depois de incontáveis atos de deselegância ao longo dos últimos meses – como o “e daí?!” e o “sou Messias, mas não faço milagres” -, e frente a mais de 37 mil registros de falecimento em decorrência do vírus na ocasião -, Jair Bolsonaro afirmou em seu twitter no dia 6 de junho que “ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país”, e que “outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica”.

Em direção contrária à maioria dos países no mundo todo, portanto, Jair Bolsonaro negou a pandemia de maneira reiterada. Hoje, dia 1º de julho, ultrapassamos a marca de 60 mil mortos. Até agora, todas as ações presidenciais foram direcionadas ao retorno à atividade econômica de maneira indiscriminada e a implementação da contestável ideia de “isolamento vertical”. Ao afirmar que “vai morrer gente? Vai morrer gente, mas precisamos tratar do desemprego igualmente”, o presidente faz crer que os protocolos de combate ao coronavírus compõem um amplo guarda-chuva direcionado a um tipo de “política suicidária”, na linha apontada por Vladimir Safatle, ou seja, um Estado gestor e administrador da morte de parte significativa da população (sabemos qual!).

Na manhã do dia 21 de junho, Bolsonaro demonstrou sua compaixão no funeral do soldado Pedro Lucas Ferreira Chaves, vítima de um acidente durante o lançamento de paraquedistas na Base Aérea dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Sobre as 60 mil mortes em decorrência do coronavírus, nenhuma palavra. Sem demonstrar qualquer resquício de sentimento pelo luto alheio, nem mesmo imaginando que muitos dos falecidos poderiam ter o ajudado a ocupar a cadeira presidencial, desvela-se a lógica que o fez ascender ao poder: violência, conflito e caos. Para a psicanalista e escritora Maria Rita Kehl, a falta de “empatia e remorso” de Bolsonaro são traços próximos ao da psicopatia[7].

Como já salientamos, percebe-se certa semelhança entre as políticas bolsonaristas e as promovidas pelo Coronel João Cândido em Lagoa Branca. Para o grande 7 de setembro, o Coronel exigiu que a cidade estivesse “limpa”. Os quatro mendigos da cidade – a “população indesejável” – deveriam ser empacotados e transferidos para qualquer lugar distante. Ao dar a ordem a um dos seus subordinados, o inspetor Paulinho, Coronel salientou: “bem, onde vão ser deixados não é problema meu, mas cuidado para que ninguém veja nem a saída aqui nem a chegada por aí, […] não quero que um colega desses municípios reclame amanhã ou depois, que eles já têm mendigos que chega, como se eu não tivesse o direito de limpar a minha cidade”. Jair, de maneira análoga, parece incluir os mortos por coronavirus em seu plano de “fuzilar a petralhada” – uma das máximas de sua campanha eleitoral. “vai morrer gente? Vai”. Incredulamente, é pela via do discurso antidemocrático que o mesmo mantém o apoio de cerca de 30% da população nacional.

Depois de uma semana de preparação para o tão aguardado dia, Lagoa Branca amanhece completamente às escuras, um ambiente retratado por outros personagens como próximo ao “fim do mundo”. Ninguém nas ruas nem na praça – onde estava montado um palco destinado aos maiores representantes políticos da cidade -, um silêncio ensurdecedor. O Coronel desperta mais tarde do que o costumeiro, tamanha a escuridão do dia. Levantou-se e percebeu que nada acontecia como programado na cidade, nenhum movimento. De repente, desaguou uma chuva torrencial. Em pé no palanque esperando o tão aguardado desfile, é agraciado apenas com a presença da banda dos jovens integralistas da cidade, composto por cerca de 30 rapazes uniformizados em verde, com o sigma estampado no braço, tocando bravamente seus tambores. Em decorrência da chuva, o couro molhou de seus tambores silenciaram. Ninguém mais apareceu, nem mesmo os convidados confirmados. Em um ataque de raiva pelo que julgava ser “desobediência civil”, responsável por deixar o grande dia 7 de setembro às moscas, o Coronel bravejou: “é uma pena que a gente não esteja hoje na Espanha, mandava passar todo mundo pelas armas; bem fazem eles, meus aplausos ao Generalíssimo Franco, herói nacional”.

Bolsonaro se apresentou às eleições de 2018 como o candidato que representaria o “novo”, o antissistema – aquele que romperia com as “agruras” do sistema político brasileiro. Com esta postura e provavelmente por causa dela, saiu-se vencedor em 2018. Nos últimos tempos, muitas interpretações se esforçaram em desvendar o enigma autoritário que envolve a parte da população brasileira que o elegeu. Parentescos com a parcela social que apoiou a Ação Integralista Brasileira na década de 1930, de caráter marcadamente fascista, são citados frequentemente.

Desde, no mínimo, 2016 – momento em que se deu o impeachment que destituiu a presidenta Dilma Rousseff -, acompanhamos manifestações sucessivas defendendo intervenção militar, o fechamento do Supremo Tribunal Federal e homenageando ditadores, tudo isso dentro de uma constelação antidemocrática miúda, porém barulhenta. Em alguns domingos, manifestantes pró-Bolsonaro repetiram tais atos antidemocráticos em frente ao Palácio do Planalto, contando com presença assídua do então Presidente da República. Após a prisão de Fabrício Queiroz – personagem que poderá desvendar o quebra-cabeça miliciano da família Bolsonaro -. no entanto, Bolsonaro se ausentou. Por mais que a parcela social bolsonarista se coloque em frente ao Palácio Presidencial a fazer barulho, percebe-se que o céu se torna a cada dia mais ameaçador, uma chuva impetuosa parece se aproximar, e o couro de seus tambores poderá encharcar.

[…] O coronel no meio da rua, braços abertos, aos gritos, berrando possesso contra algo invisível. Corria de um lado para outro agredindo o ar, saqueando o nada “malditos, miseráveis, batam nesses tambores, quero ouvir a batida dos tambores, miseráveis”, dava a impressão de querer impedir a passagem de tropas organizadas em desfile e que estavam a marchar em todas as direções, gritava: “canalhas, batam nesses tambores, batam com mais força, covardes”

O fim do Coronel João Cândido e de Lagoa Branca será revelado aqueles que navegarem pelas lentes intrigantes de Josué Guimarães. Seja como for, não o desejo para Jair Bolsonaro. O que resta desta reflexão é que o Brasil não é Lagoa Branca, mas, no momento presente, muito se parece. Talvez Erich Maria Remarque diria que não há “nada de novo no front”. Figuras da estirpe de Jair Bolsonaro são bastante conhecidas por todos nós. Como em outros tempos, teremos de sair às ruas, pensar criticamente, organizar o pacto democrático com a majoritária parcela da sociedade (70%) e resistir às arbitrariedades. Nada que não componha o espaço das experiências nacionais. Como movimento de interpretação, a literatura nos ajuda quando, frente ao que se apresentam como “novo”, vejamos o já conhecido. Como farol orientador, portanto, a literatura ilumina os sombrios porões dos quais o autoritarismo brasileiro teima em sair de tempos em tempos.

Como inspiração, fiquemos com os versos que Dino Maldonado – proprietário da única livraria de Lagoa Branca, O Atheneu – escreveu em ato de resistência contra a ditadura do Coronel João Cândido.

Um raio de luz há de queimar a tirania,

Justiça está a caminho da terá,

Que de tão infeliz já nem dormia,

Tanto ódio no peito a gente encerra!

Notas

[1] GUIMARÃES, Josué. Os tambores silenciosos. Porto Alegre: L&PM, 14ª ed., 1997.

[2] Palavras do presidente Jair Bolsonaro extraídas da reunião ministerial do dia 22 de abril de 2020. Fonte: Folha de São Paulo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/poder/2020/05

[3] VALÉRY, Paul. Essais quasi politiques. IN: Ouvres. Paris, Gallimard, 1957. (Conferência na Universidade dos Annales), 1935. p.1063.

[4] ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Portugal: Lisboa, Ed. Antropos, 1991. p.10.

[5] PRZEWORSKI, Adam. Ama a incerteza e serás democrático. Novos Estudos, CEBRAP. São Paulo, EDC, (9): 38-46, jul., 1984.

[6] Cita-se, por exemplo, o artigo intitulado Por que assistimos a uma volta do fascismo à brasileira, escrito por intelectuais uspianos e publicado na Folha de São Paulo no dia 9 de junho de 2020, no qual comparam Bolsonaro com o movimento integralista brasileiro da década de 1930;

[7] Entrevista da autora publicada no portal de notícias terra no dia 8 de junho de 2020.

(*) Doutorando/Personal Investigador em Formação em História Contemporânea pela Universidad Autónoma de Madrid (UAM-ES). Licenciado e Mestre em História das Sociedades Ibéricas e Americanas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). E-mail: [email protected]

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