Opinião
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8 de abril de 2020
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17:51

Autoritarismo na gestão da FASC e COVID-19: risco para todos (por Simpa e Cores FASC)

Por
Sul 21
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Autoritarismo na gestão da FASC e COVID-19: risco para todos (por Simpa e Cores FASC)
Autoritarismo na gestão da FASC e COVID-19: risco para todos (por Simpa e Cores FASC)
Foto: Luiza Castro/Sul21

Simpa e Cores FASC (*)

As péssimas condições de trabalho dos serviços da FASC – Fundação de Assistência Social de Porto Alegre e as práticas autoritários da atual presidente, Vera Ponzio, bem como das direções técnica, administrativa e financeira da gestão Nelson Marchezan Jr (PSDB) estão colocando os(as) trabalhadores(as) desta instituição e usuários sob risco da contaminação pelo coronavírus.

Em 16/03, a Prefeitura Municipal lançou o 1° decreto sobre a pandemia do Covid-19. Mas a FASC não publicou qualquer instrução normativa oficial. Se não fossem as servidoras(es) forçarem a gestão para funcionar apenas em regime de plantão, afim de diminuir a contaminação e a propagação do vírus aos trabalhadores e à comunidade atendida, a presidente não teria se sensibilizado pela saúde das pessoas que precisam da Assistência Social. As trabalhadoras dos serviços essenciais encontram-se, até agora, em uma situação precária, sem Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e produtos básicos de higiene.

A quarentena sobrecarrega a todos nós, ainda mais em um cotidiano de trabalho de equipes que, há anos, estão reduzidas. E, mesmo após diversas solicitações de representantes dos trabalhadores para conversarem com a gestão, a FASC segue sem nenhum canal de diálogo. Recentemente, a coordenação do Abrigo Municipal Bom Jesus (AMBJ) soube sobre o fechamento do serviço e a transferência de todos os usuários e equipe de trabalho sem nenhum comunicado prévio.

Em um momento em que a concentração de pessoas deve ser evitada, a gestão da FASC assume a irresponsabilidade de uma transferência sem planejamento e diálogo e coloca em risco a vida de usuários e trabalhadores.

O AMBJ funcionava, desde 1995, atendendo a população em situação de rua. A equipe já contou com 50 trabalhadores, mas estava com apenas 26, mesmo havendo concurso público em aberto. A gestão da FASC fechou o serviço para transferi-lo a uma Organização da Sociedade Civil que receberá recurso público para gerir serviço de maneira privada.

Todo apoio e solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores da Assistência Social de Porto Alegre que, apesar de toda violência, mantém o serviço público de qualidade!

(*) Sindicato dos Municipários de Porto Alegre e Conselho de Representantes do Simpa – Núcleo FASC.

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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