Opinião
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14 de fevereiro de 2020
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13:14

Os parasitas estão no poder (por Silvana Conti)

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Sul 21
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Os parasitas estão no poder (por Silvana Conti)
Os parasitas estão no poder (por Silvana Conti)

Silvana Conti (*)

O significado da palavra parasita no dicionário da língua portuguesa nos informa  que esta palavra aponta uma das características mais marcantes do governo Bolsonaro e de seu braço direito Paulo Guedes. Parasitas são aqueles que vivem às custas de outros seres vivos, a quem prejudicam de alguma forma. Também significa no sentido pejorativo, seres inúteis e supérfluos.

O ministro Paulo Guedes é do time dos banqueiros, que está envolvido em denúncias de fraudes em fundos de pensão. Portanto além de envolvido em denúncias de corrupção, é o articulador de Bolsonaro desta política econômica ultraliberal que massacra a classe trabalhadora. É o representante do capital financeiro, busca implementar uma agenda direcionada a atender os interesses do mercado com um ambicioso projeto de privatização, redução de impostos, eliminação do déficit público e realiza reformas consideradas regressivas e de caráter conservador – como a da Previdência, que retira um trilhão dos aposentados(as), em dez anos, e pensionistas para entregar ao sistema financeiro. 

Silvana Conti (Divulgação)

Paulo Guedes é sim um parasita nefasto que contribui para que o Brasil fique de joelhos ao imperialismo estadunidense, vendendo nossas riquezas naturais, acabando com os direitos trabalhistas, transformando aposentados(as) em miseráveis, terceirizando, uberizando e  escravizando mulheres e homens. 

A agenda conservadora e neocolonial que vem sendo imposta por Bolsonaro, representa e fortalece o patriarcado, o racismo, a misoginia, o feminicídio, a cultura do estupro e a violência contra as mulheres: trabalhadoras, negras, jovens, idosas, lésbicas, bissexuais, transexuais, prostitutas, ciganas, deficientes, e tantas outras, rasga a constituição brasileira e coloca em risco o Estado Democrático de Direito. 

Portanto, vivemos um momento em que os parasitas estão no poder. Eles não se contentam em acabar com os nossos direitos, eles fazer questão de criminalizar  e culpabilizar os(as) trabalhadores(as), dando um destaque as(os) servidores(as) públicos(as), já que somos o empecilho concreto para a privatização em massa dos serviços públicos.

Somos Trabalhadoras(es), Parasita é quem chama

Nós Servidores(as) Públicos(as) somos as(os): Professoras, enfermeiras, policiais, guarda-municipais, trabalhadores(as) do DMAE, da FASC, da cultura, garis e de todas as autarquias, departamentos e secretarias que compõe os serviços públicos, somos mães e pais que trabalhamos diariamente para que as políticas públicas das nossas cidades funcionem da melhor maneira possível, pois serviço público de qualidade é um dever do Estado e direito do povo. 

Portanto, Parasita é o sistema financeiro que está capitaneado pelo ministro da economia que cumpre as ordens do capitão, que por sua vez recebe as ordens de seus superiores banqueiros da elite brasileira.

Nosso grande desafio

Por tudo isso, se torna cada vez mais urgente a construção da unidade das forças progressistas, dos partidos do campo da esquerda e centro – esquerda, dos movimentos sociais, do movimento sindical e de todos e todas que defendem as liberdades democráticas e as cidades livres do fascismo.

Nosso inimigo em comum hoje é o fascismo que está representado pelos governos Bolsonaro, Leite e Marchezan. 

Aqui em Porto Alegre estamos na construção do Congresso do Povo, e Manuela é a liderança que está a frente deste processo de escuta generosa e participativa, para que em 2020 sejamos capazes de gritar um “Fora Marchezan!” nas urnas.

Urge ouvirmos a população e a partir daí  começarmos a construção de um programa de governo popular e democrático para a nossa cidade. A unidade e a aliança precisam ser programáticas, e a partir do programa que será construído com ampla participação do povo de Porto Alegre, conseguiremos definir quem vai nos representar na disputa eleitoral  de 2020.

O Congresso do Povo de Porto Alegre é uma possibilidade concreta de diálogo com o povo em todos os recantos da cidade. 

Com unidade, precisamos conjugar o verbo “esperançar”!

(*) Feminista, professora aposentada, mestranda em Políticas Sociais, vice-presidenta da CTB/RS. Direção Nacional da UBM.

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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