Opinião
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16 de janeiro de 2020
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13:55

Unir o povo de Porto Alegre para derrotar o fascismo (por Adalberto Frasson)

Por
Sul 21
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Unir o povo de Porto Alegre para derrotar o fascismo (por Adalberto Frasson)
Unir o povo de Porto Alegre para derrotar o fascismo (por Adalberto Frasson)
Foto: Giulia Cassol/Sul21

Adalberto Frasson (*)

Lemos com atenção o artigo de Matheus Gomes e Vera Guasso, dirigentes do PSol, publicado no Sul21. Eles expressam a correta preocupação com a construção da unidade do campo da esquerda para enfrentar o processo eleitoral deste ano buscando derrotar o fascismo e o projeto neoliberal que se instalou no país, no estado e em nossa cidade.

Coletivos como a Casa de Cinema, o ProsperArte, Cidade que Queremos, Esquerda Unida em POA, entre outros tem promovido reuniões com o objetivo de contribuir para a construção da unidade da esquerda. Nós do PCdoB, juntamente com Manuela D’Ávila, temos afirmado a nossa absoluta disposição de construir essa unidade porque entendemos que o combate ao fascismo deve estar acima das diferenças e divergências que temos.

O governo Marchezan/Bolsonaro tem se pautado pela destruição de tudo aquilo que foi conquistado pelo nosso povo. Seus governos promovem o fim das políticas públicas que garantem educação, saúde, segurança, emprego para os que mais precisam. Seu objetivo é colocar o estado a serviço de uma elite conservadora, preconceituosa, contra o povo, a democracia e a nação.

A eleição deste ano será batalha fundamental para derrotar esta política e construir uma cidade livre do fascismo. Com razão os dirigentes do PSol afirmam que o debate programático e a mobilização popular devem ser o centro da relação entre os partidos com o objetivo de construir um projeto alternativo.

Foi neste sentido, que movimentos sociais, lideranças populares e políticas organizaram o Congresso do Povo – não como método – mas partindo do pressuposto de que as pessoas precisam e querem ser protagonistas na elaboração de um projeto alternativo. Isso só faremos dando voz e vez àqueles que no dia a dia sofrem com as consequências dos governos da direita. Junto com eles, podemos construir um projeto para a cidade que tenha a capacidade de incluí-los no processo decisório e na aplicação de políticas públicas que construam uma cidade humana, desenvolvida e justa.

Sim, temos condições de transformar Porto Alegre num pólo avançado de resistência. Em momentos difíceis, nosso povo se uniu e realizou grandes feitos. Foi assim na luta pela legalidade, encabeçada por Brizola; no movimento das diretas já; no Orçamento Participativo e no Fórum Social Mundial frutos das administrações populares; na luta contra o golpe e nas mobilizações deste ano em defesa da educação e contra os ataques ao funcionalismo público.

Manuela D’Ávila, pela trajetória que construiu – vereadora mais jovem da cidade, recordista de votos nas eleições que concorreu para deputada federal e para deputada estadual, liderança com grande projeção na luta contra o fascismo – reúne amplas condições de liderar uma frente do povo e das forças políticas para fazer renascer a esperança e transformar Porto Alegre neste pólo de resistência ao fascismo e as políticas neoliberais. Mas em nenhum momento tratamos isso de forma impositiva.  A unidade é a nossa marca, já demonstramos isso na prática.

Comungamos da mesma preocupação com o grave momento que passamos. Sabemos que é possível, juntamente com o povo, construir um programa unitário que – apoiado nas experiências passadas – possa se renovar e colocar Porto Alegre de novo no rumo do desenvolvimento e do bem estar de todas e todos. Por isso, concordamos que podemos superar as dificuldades e construir a unidade das forças de esquerda e progressistas, fortalecermo-nos mutuamente e fazendo Renascer a Esperança de uma Porto novamente Alegre!

(*) Presidente do PCdoB/POA

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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