Opinião
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22 de abril de 2019
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12:47

Venezuela: humanidade ou capital (por María Alejandra Díaz)

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Sul 21
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Venezuela: humanidade ou capital (por María Alejandra Díaz)
Venezuela: humanidade ou capital (por María Alejandra Díaz)
Reprodução

María Alejandra Díaz (*)

No capitalismo, a condição comum é a pobreza de muitos. A globalização financeira extrativista é sua maior arma contra os Estados Nacionais, sobretudo o venezuelano, constitucionalmente subversivo e fundamentado em princípios e valores de igualdade, justiça, soberania, autodeterminação, independência, solidariedade, ética e respeito aos direitos humanos.

Nossos principais inimigos são as corporações, os organismos multilaterais (FMI, BM, OMC) e a mão suave da ONU, os quais propõem acabar com a soberania, padronizar normas, sistemas econômicos e ideológicos, segundo a visão capitalista concentradora, fraudulenta e criminal.

A proposta do FMI é a de diminuir as pensões e vincular aposentadorias à esperança de vida, consequente com sua política de liberalização: flexibilidade laboral, congelamento de salários, cortes orçamentários, aumento de impostos, eliminação de subsídios, Estado mínimo, privatizações de empresas estratégicas e serviços, criminalização judicial das lutas operárias e camponesas. Tudo isso nada mais é do que uma manifestação do metabolismo depredador do capital, cujo único fim é antepor a ganância à subsistência e dignidade humana.

Devemos seguir com Chávez, quem institucionalizou outra geopolítica que garante nossa defesa frente a estes inimigos da humanidade e a proteção dos direitos humanos, concretizando uniões entre povos e governos aliados contra a ordem aviltante que só serve a delinquentes para legitimar pilhagens em favor da nova ordem mundial.

O capitalismo não é uma economia, mas sim um regime de poder despótico (A. Ocalan) que destrói a riqueza dos povos, o intercâmbio comercial e a vida econômica. Ele reclama um direito de apropriação não baseado na produção, mas na violência e na pilhagem. Devemos construir um sistema internacional onde se respeite o direito à concórdia e à justiça entre os povos, capaz de desestruturar o poder financeiro ao lhe opor governos alternativos. Estão em jogo a humanidade e a vida sobre o planeta.

(*) Advogada constitucionalista venezuelana, integrante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

TraduçãoAnisio Pires

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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