Célio Golin (*)
As recentes declarações e postagens do presidente eleito por um séquito de moralistas e conservadores, mais uma vez comprova o quanto a sexualidade é um tema tabu e político na sociedade brasileira. Já na campanha, o presidente usou o tema da sexualidade para atacar grupos sociais como os e as LGBTQs, envergonhando o país, quando o tema entrou na seara dos costumes e anti direitos humanos.
Mas com a postagem no twitter sobre o bloco de carnaval de São Paulo, onde o presidente ataca não só a festa momesca, mas principalmente demonstra sua falta de qualquer senso de ética e moral para tratar do assunto, reafirma essa realidade. O tema da sexualidade sempre foi tabu, mas o presidente comprova com sua ignorância e falta de resolvimento em relação a sua própria sexualidade, provando para o mundo, com quebre de decoro, que não tem a menor condição de estar à altura do cargo.
Quando resolve falar da sexualidade, tendo com o alvo os LGBTQs, o ataque do presidente vem com ares de ironia, deboche e má intenção. É evidente que o presidente lida muito mal com sua sexualidade, o que pode explicar o caráter autoritário e perverso de sua personalidade.
Um presidente que se elegeu fazendo um discurso puritano, moralista, que vendeu ilusões a muitos de seus eleitores, que agora devem estar envergonhados pela opção que fizeram, acabou virando motivo de chacota nas marchinhas de carnaval deste ano, criticando o engodo que é seu projeto de governo.
A repercussão internacional da última postagem do Messias, só confirma a falta total de condições de ocupar o cargo. Deve ser por isto, que seus correligionários o blindaram ele durante a campanha, pois sabendo que de sua boca não sai nada com qualquer coerência ou lógica de pensamento.
Os ataques como este do Messias, revelam que hoje estamos frente aos discursos ultra conservadores que estão colocados na sociedade brasileira, e que está posto inclusive no Carnaval de rua de Porto Alegre, onde o mesmo, tem hora para iniciar e hora para acabar, 21h, provando assim a concepção conservadora, que quer controlar o direito de ir e vir das pessoas.
(*) Militante do Nuances- grupo pela livre expressão sexual
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