Opinião
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5 de março de 2019
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16:14

A eterna vida revolucionária de Hugo Chávez (por Anisio Pires)

Por
Sul 21
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A eterna vida revolucionária de Hugo Chávez (por Anisio Pires)
A eterna vida revolucionária de Hugo Chávez (por Anisio Pires)
A cada 5 de março o legado de Hugo Chávez é lembrado pelo povo da Venezuela. (Foto: Divulgação)

Anisio Pires (*)

Chávez faleceu no dia 5 de março de 2013. Nesse dia, e por várias semanas, o povo emocionado de tristeza chorou por ele. Agora não. Sentimos sim muita saudade e temos aprendido a valorizar sua grandeza. Graças a ela, sua Força Armada Nacional Bolivariana e seu Povo Bolivariano acordaram e recuperaram sua consciência patriótica. Eis a singela e profunda explicação de porquê derrotamos o imperialismo neste 23 de fevereiro quando tentou montar uma agressão na fronteira com a Colômbia.

Quando uma pessoa transcende com sua vida a existência humana por sua atuação em favor de toda a humanidade, converte-se não só em uma referência ou inspiração para todos os demais, senão em um exemplo vivo do que cada um de nós poderia chegar a ser se deixasse para trás todas as cargas da miséria humana acumuladas em sua trajetória.

Na República Bolivariana da Venezuela os patriotas, quer dizer, nós que amamos de verdade a nossa terra, lembramos cada 5 de março como aquele dia do ano de 2013 no qual se semeou para sempre o venezuelano mais brilhante dos séculos XX e XXI.

Que com uma curta vida terrena de 58 anos um ser humano tenha logrado cavalgar entre dois séculos, já está nos indicando que não estamos falando de um ser qualquer, obrigando-nos por óbvio a fundamentar tal afirmação.

Quando o comandante e seus homens sacodem o mundo em 4 de fevereiro de 1992, a primeira experiência socialista da humanidade surgida com a Revolução Russa havia malogrado, outras como a da China se mostravam distantes e só tínhamos a Cuba Revolucionária resistindo em difíceis condições. O Muro de Berlim havia caído em 1989 e falar de socialismo parecia um contrassenso. Seu “fracasso”, diziam, estava demonstrado e voltar a propô-lo como alternativa à miséria e à violência do capitalismo parecia coisa de “quixotes esquerdistas” que não tinham os pés no chão. É assim que a esse venezuelano intrépido, cuja força e capacidade continuam impressionando o mundo se lhe ocorreu a dupla quixotada de voltar a colocar a vigência do socialismo como alternativa para a humanidade, mas recuperando a experiência derrocada de Salvador Allende de levá-lo adiante, não só pela via eleitoral e democrática, mas radicalizando a própria democracia.

Reafirmando pedagogicamente aos povos do mundo que a venezuelana era uma revolução pacífica, Hugo Chávez assentou as bases do Socialismo Bolivariano do século XXI, pondo em prática uma nova democracia socialista, participativa e protagônica que permanentemente se atualiza e se renova, como fica demonstrado a cada novo desafio que enfrenta a Revolução Bolivariana. O fato de que a Venezuela esteja quase todos os dias no olho da mídia mundial fala por si só, mesmo que 99% das notícias sejam meias verdades, manipulações ou simplesmente pós-verdades, isto é, fakes chiques ou ordinárias mentiras. Como diz numa passagem do Quixote: “Latem Sancho, sinal de que cavalgamos”.

Por isso, a cada 5 de março o legado do Comandante Chávez, longe de diluir-se no passado e na memória, se atualiza e se agiganta dizendo aos povos do mundo: Vamos construir o socialismo do século XXI!

Leais Sempre!, traidores nunca!

(*) Cientista Social formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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