Opinião
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29 de julho de 2018
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18:49

Lula: “onde querem silêncio, seguiremos cantando” (por André Rosa)

Por
Sul 21
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Lula: “onde querem silêncio, seguiremos cantando” (por André Rosa)
Lula: “onde querem silêncio, seguiremos cantando” (por André Rosa)
Chico Buarque experimenta a máscara de Lula: final triunfal e histórico do festival nos Arcos da Lapa. (Foto: Ricardo Stuckert)

André Rosa (*)

Atores, atrizes e intelectuais conhecidos como Lucelia Santos, Herson Capri, Chico Diaz e Leonardo Boff se revezando no microfone. 42 apresentações de alguns dos maiores músicos brasileiros como Chico Buarque, Gilberto Gil, Beth Carvalho, Odair José, Chico Cesar, MC Carol, Jards Macalé, Ana Cañas, Gangue 90, Filipe Catto e Flávio Renegado. Mais de 80 mil pessoas no local e outras milhões que assistiam ao vivo pelas redes sociais entoaram um único cântico e pediram a liberdade do presidente Lula.

Assim foi o #FestivalLulaLivre neste sábado (28/07) nos Arcos da Lapa, Rio de Janeiro. É possível que tenha sido um dos atos político-democráticos-culturais mais emocionantes e representativos desde o movimento Diretas Já ocorrido no início da década de 1980 em defesa da redemocratização do Brasil.

Não foi uma festa, mas um grito de resistência por liberdade e democracia. Grito esse solenemente ignorado pela maior parte da grande imprensa. Mesmo sendo o assunto mais comentado das redes sociais brasileiras, empresas como a Rede Globo, Record e Band resolveram cobrir o mínimo possível do Festival numa estratégia clara de esconder do conjunto da sociedade o que estava ocorrendo. Mesmo assim, não escaparam de ver as pequenas notas que divulgaram correrem o Brasil e o mundo e se tornarem a notícia mais lida do dia em seus portais. Aquilo que o povo sabe, não se pode esconder.

O Festival também serviu para o lançamento da Marcha sobre Brasília, quando milhares de pessoas inscreverão Lula como candidato à presidência da República no próximo 15 de agosto. No mesmo dia, certamente haverão manifestações por todo o país pela liberdade de Lula e o direito do povo elegê-lo novamente presidente em outubro. Ao judiciário artífice do golpe, caberá decidir pela democracia ou a manutenção do estado de exceção em que vivemos. Saibam eles que, independente disso, a resistência continuará até que o povo possa votar em Lula e mudar esse país com revogação das reformas golpistas, recuperação do pré-sal como patrimônio brasileiro, reformas política, da mídia e do judiciário e taxação das grandes fortunas acumuladas pela elite podre do Brasil. Serão festivais, trompetaços, lulaços e atos de resistência no país inteiro. Aquilo que o povo quer, ninguém deve ter o poder de impedir.

A chama da nossa luta continua acesa, a esperança do nosso povo continua viva. Onde os poderosos querem o silêncio, continuaremos a cantar.

(*) André Rosa, midialivrista e secretário de Comunicação do PT de Porto Alegre.

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As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.


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