Opinião
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25 de agosto de 2010
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09:00

As eleições no Rio Grande do Sul

Por
Sul 21
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Por Renato Rovai *

Com base nas pesquisas publicadas, no histórico de eleições anteriores e naquilo que costumamos chamar de feeling farei a partir de hoje uma análise das eleições para alguns governos dos estados e para o Senado.

É fato que muita água ainda vai passar por debaixo da ponte, mas este blogue não acredita em grandes mudanças na eleição presidencial.

Dificilmente Serra vai voltar a crescer significativamente nos próximos dias e nem deve cair o suficiente para ser ultrapassado por Marina.

Ao mesmo tempo se Dilma vier a subir nas próximas pesquisas, não será com a intensidade dos últimos tempos.

Governo do Rio Grande do Sul

Há uns três meses este blogue considerava a eleição de Tarso Genro algo improvável, por conta da aliança previsível entre as candidaturas do PSDB e do PMDB no segundo turno e porque o petista estava tendo muita dificuldade em articular uma chapa para além do seu partido. Mas isso mudou e o clima no Rio Grande é outro hoje.

Nas últimas pesquisas Tarso vem abrindo sua vantagem em relação a Fogaça, que estancou. No último DataFolha o petista tem 38%, contra 27% de Fogaça e 16% de Yeda. Como o peemedebista tem tido dificuldade de encaixar seu discurso, não se pode ignorar nem a ida da atual governadora para um segundo turno com Tarso.

Se isso vier a acontecer, os petistas podem estourar a champanhe. Yeda tem uma rejeição imensa, 42%, e se vier a ganhar a eleição vai se tornar uma das maiores zebras da história política recente.

Mas mesmo se o adversário de Tarso vier a ser o blindado Fogaça, pelos números de hoje o petista ainda seria o favorito.

Para que o favoritismo de Tarso se consolide ele precisa atingir em setembro a casa dos 40% dos votos totais. Porque aí dificilmente seu adversário no segundo turno atingiria 30%.

Senado

Em relação ao Senado, a eleição do ex-governador Germano Rigotto (PMDB) é a principal favorita. Os gaúchos parecem estar querendo pedir desculpas por terem preterido-o por Yeda na eleição de 2006.

Em todas as pesquisas ele aparece com aproximadamente 10 pontos de frente em relação aos outros dois candidatos mais fortes, o atual senador Paulo Paim (PT) e a jornalista Ana Amélia Lemos (PP), que na versão dos gaúchos não é exatamente a candidata do PP, mas do partido da RBS.

Entre Paim e Ana Amélia, este blogue aposta no petista. Ele tem a vantagem de ser aliado do candidato líder nas pesquisas ao governo, de ter feito um bom mandato no Senado e de ter Dilma e Lula como parceiros, o que, convenhamos, facilita muito as coisas.

* Artigo publicado originalmente no Blog do Rovai


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