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27 de dezembro de 2012
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07:59

Prefeito eleito de Rio Grande quer ampliar participação popular

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Sul 21
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Prefeito eleito de Rio Grande quer ampliar participação popular
Prefeito eleito de Rio Grande quer ampliar participação popular
Dialogar com maioria oposicionista na Câmara será “um bom desafio”, diz prefeito eleito | Foto: Fábio Dutra

Natália Otto

A partir do dia primeiro de janeiro, os cidadãos de Rio Grande podem esperar o início de uma relação mais próxima do governo com a sociedade. É o que afirma o prefeito eleito de Rio Grande, o petista Alexandre Lindenmeyer. Para ele, o primeiro ano de gestão será o momento de estabelecer a marca do governo, que pretende ampliar a participação da população, valorizar os conselhos municipais e implementar o Orçamento Participativo. “Nossa prioridade é estabelecer novas formas de diálogo com a população que não se resumam aos períodos pré-eleitorais”, afirmou o prefeito eleito, em entrevista ao Sul21.

Os rio-grandinos viverão uma grande mudança em termos de governo: Lindenmeyer é o primeiro prefeito em 16 anos que não é do PMDB, nem herdeiro da família Branco. O petista disputou a prefeitura com o atual prefeito Fábio Branco e venceu com 51% dos votos. Além do PT, a coligação de Lindenmeyer, a Frente Popular, foi formada por PSB, PSC e PPL.

Lindenmeyer governará com minoria na Câmara de Vereadores: seis candidatos de sua base foram eleitos, contra 14 da oposição e um representante do PCdoB, que não participou da coligação do prefeito eleito nem da de Fábio Branco. “Acredito que teremos um bom desafio pela frente nesse sentido”, afirmou Lindenmeyer. “É uma relação que tem que ser republicana, de respeito entre os poderes. Espera-se que, em caso de sugestões da oposição que venham para melhorar projetos, possamos fazer alterações”, ponderou.

No primeiro ano de gestão, atribuições das secretarias serão revistas

Dentre as prioridades do primeiro ano de gestão de Lindenmeyer estão a qualificação da administração pública, a melhora da estrutura para os servidores públicos e a repaginação das atribuições das secretarias.

Lindenmeyer: “Consideramos que algumas secretarias estão com atividades sobrepostas, com superpoderes ou superatribuições” | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

“Consideramos que algumas secretarias estão com atividades sobrepostas, com superpoderes ou superatribuições, em detrimento de outras”, afirmou o prefeito eleito. “Eu diria que a Secretaria da Fazenda, por exemplo, está com muitas atribuições. Entendemos que algumas dessas responsabilidades poderiam ser reposicionadas em outras secretarias.”

Um grande desafio é o “problema histórico” do esgoto, tanto pluvial quanto cloacal, que existe no município. A prefeitura irá concluir obras iniciadas pelo governo atual, com recursos do PAC, e elaborar novos projetos. “Precisamos dialogar com a comunidade e, assim, criar o plano de saneamento, que será concluído até agosto”, afirmou o prefeito eleito. “Para nós, a questão é muito grave, devido ao grande número de valetas a céu aberto que Rio Grande possui”.

Com aumento da população, habitação e mobilidade são prioridades

Outro dado alarmante, para Lindenmeyer, é déficit de habitação no município: faltam em torno de 17 mil moradias, somando de 8 a 9 mil casas que estão faltando e outras 9 ou 10 mil moradias em condições precárias. “Precisamos fazer a captação de empreendedores na área da construção de moradias”, pontuou o prefeito eleito. “Rio Grande é uma cidade que está crescendo em termos de população. Temos previsão de que a população dobre até o final da década”, lembrou ele.

O aumento da população também causa outro problema no município: a mobilidade. “Temos que repensar a mobilidade, considerando que hoje temos muitos gargalos em horários de pico. Grande parte do fluxo está em uma extremidade, na área portuária”, explicou o prefeito eleito. “Então, a longo e médio prazo, temos que fazer um planejamento pensando em tencionar a cidade para a zona oeste”.

Também há a expectativa de completar o projeto de duplicação da RS 734, do trevo até o pórtico da cidade, área onde há um grande gargalo de trânsito. De acordo com Lindenmeyer, os recursos serão buscados junto ao governo federal e as licitações serão vistas ainda no primeiro ano de gestão.


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