Nícolas Pasinato
Nesta quinta-feira (4), a partir das 16h, diferentes grupos da sociedade irão se reunir na Praça Montevidéu, em frente à Prefeitura de Porto Alegre para demonstrar sua insatisfação com a atual gestão da cidade, liderada por José Fortunati (PDT), em ato público chamado de Defesa Pública da Alegria.
“A ideia é agregar organizações contrarias à gestão de Fortunati e demonstrar a força desses grupos”, explica um dos organizadores da manifestação, Felipe Martini.
O ato público irá reunir grupos bastante distintos, que vão desde uma companhia de teatro ao Centro Cultural Latino-Americano, passando por institutos ambientais e movimentos populares da juventude. “Grupos diferentes que dificilmente trabalham juntos, mas que avaliam que esse governo municipal é bastante prejudicial para a cidade”, ressalta Martini.
No local serão realizadas atividades artísticas que contarão com a presença de músicos, artistas de rua, de circo, de teatro, entre outros. A programação ainda está aberta e pode ser conferida pelo Facebook, rede por onde está sendo organizada a manifestação.
Entre as críticas à atual gestão da Capital que mobilizam a Defesa Pública da Alegria, Martini cita as remoções de famílias para a construção de obras voltadas para a Copa do Mundo de 2014, as ações repressoras em bares e espaços de convívio coletivo e também a privatização de espaços públicos, como a Orla do Guaíba, o Largo Glênio Peres e o auditório Araújo Viana.
A política de transportes da cidade é também alvo de críticas dos manifestantes, que observam uma queda de qualidade no transporte público nos últimos anos. Para Martini, a prefeitura vem se preocupando, principalmente, com obras viárias de grande porte, que privilegiam os veículos automotores e deixam de lado bicicletas e transportes alternativos. “Como a bicicleta cresceu como meio de transporte e também como uma revindicação das pessoas a prefeitura passou a fazer política de faixada, como, por exemplo, uma ciclovia de uma quadra que liga nada a lugar algum. Jogadas de marketing para ir na mesma onda de parte da cidade”, analisa ele.
O ato é aberto a todos. A única ressalva é feita para militantes de partidos. É solicitado que eles não portem bandeiras partidárias para que o ato não seja confundido com um comício.”Convidamos a todos que queiram viver em um ‘porto mais alegre’. A todos que foram afetados pelas políticas de gestão de Fortunati. A todos que acham que a cidade deve ser um espaço de convívio e não de opressão. Vamos fazer o que sempre fizemos muito bem. Usar uma praça como uma praça e uma cidade como uma cidade e não como um campo de concentração”, conclui Martini.