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20 de julho de 2012
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19:00

Votação para alterar sistema de cotas na UFRGS é adiada para agosto

Por
Sul 21
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Da Redação

Professores e acadêmicos alegaram que faltam subsídios que justifiquem a mudança de 30% para 40% na reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e negros | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foi adiada para a próxima reunião do Conselho Universitário (Consun), em 3 de agosto, a votação sobre as mudanças na política de cotas na Universidade Federal do Rio grande do Sul (UFRGS). Na sessão realizada na manhã desta sexta-feira (20), 26 conselheiros pediram vistas do parecer elaborado pela Comissão da Avaliação.

Professores e acadêmicos alegam que faltam subsídios que justifiquem a mudança de 30% para 40% na reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e negros, dos quais metade seria destinada a egressos do ensino público e o restante a autodeclarados negros que também tenham estudado na rede pública.

Foi alegado também que há falta de dados estatísticos sobre o desempenho dos cotistas nos cinco anos do programa. O objetivo é verificar os números sobre reprovações e evasões, a fim de avaliar a eficácia do sistema para garantir não apenas o acesso, mas a conclusão do curso superior.

Os estudantes e servidores defendem que a reserva de vagas passe a ser de 50%. O coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Caio Dorsa, explica que a categoria também sugere que as vagas para negros sejam desvinculadas da necessidade de ter se estudado em escola pública. O DCE solicita ainda que sejam excluídos do sistema de cotas os oriundos de escolas militares, que possuem ensino diferenciado e não são subordinados ao Ministério da Educação (MEC).

Votação sobre mudança no sistema de cotas ficou para 3 de agosto | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Outro ponto em discussão é a exigência de que apenas quem não possui nenhuma graduação possa ter acesso à universidade por meio das cotas.

Hoje, para concorrer às cotas sociais, os alunos devem ter cursado ao menos metade do ensino fundamental e todo o ensino médio em escolas municipais, estaduais ou no Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Os índios também devem ter 10 vagas anuais, sendo uma em cada curso previamente escolhido junto à comunidade indígena. Após aprovadas, as medidas terão validade pelos próximos 10 anos.

O reitor em exercício e presidente do conselho, Rui Vicente Oppermann, esclarece que a universidade espera essa deliberação para concluir o edital do vestibular 2013.

Com informações de UFRGS, Zero Hora e Correio do Povo


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