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25 de maio de 2012
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16:00

Sul21 recomenda Marchas das Vadias e da Maconha, Massa Crítica e MIB 3

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

O fim de semana começa festivo com a Massa Crítica. A Massa Crítica é uma celebração da bicicleta como meio de transporte que ocorre em mais de 300 cidades ao redor do mundo. É uma manifestação de alegria. E é hoje, última sexta-feira de maio. Chamada ao lado.

Mas não é só isso. No domingo teremos a Marcha das Vadias. Porque Marcha das Vadias? Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. O policial Michael Sanguinetti fez uma observação bastante infeliz: “Sugiro que as mulheres evitem se vestir como putas para não serem vítimas”. Como todas querem a liberdade de ir, vir e vestir (ou não), então, com nosso apoio e respeito, são todas vadias!

Antes, no sábado, há a Marcha da Maconha. Como nos anos anteriores, a concentração acontece nos Arcos da Redenção (Parque Farroupilha), às 15h. Com o direito de realizar a marcha garantido pelo STF, é esperada uma grande mobilização na cidade.

Fora dos movimentos sociais, o Sul21 dará 3 pares de ingressos para o trio de óperas do Macbeth, de Verdi.  Para concorrer, basta comentar abaixo. Cada um dos 3 primeiros comentaristas levará um par que deverá ser buscado em nossa redação, na Rua Gal. Câmara, 406 / 404, até às 18h de hoje. Confirmaremos os ganhadores através de um comentário assinado pelo Sul21Cada convite deverá ser trocado por ingresso na bilheteria do cinema. E apressem-se porque as sessões têm lotado! Maiores detalhes desta ópera abaixo.

Todas as sextas-feiras, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas apenas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. 

Ópera

Macbeth, de Giuseppe Verdi
No Cinemark BarraShopping e no Cinemark Bourbon Ipiranga
Dias 26, 27 e 29 de maio, às 14, 18 e 19h, respectivamente

Macbeth, do compositor italiano Giuseppe Verdi, será exibida no dia 26 de maio, às 14h. A Royal Opera House, uma das mais modernas casas de ópera da Europa, amplia seu alcance transmitindo óperas ao vivo ou apresentando gravações das mesmas. “Macbeth” também será apresentada nos dias 27 de maio, às 18h, e 29 de maio, às 19h. Composta na juventude de Verdi, Macbeth estreou em 1847; anos mais tarde, em 1864, o compositor modificou a partitura, que se mantém no repertório dos grandes teatros em sua versão revista. Cantada em italiano e dividida em quatro atos, a ópera começa quando os generais escoceses Macbeth, interpretado pelo barítono Simon Keenlyside, e Banquo, papel do baixo Raymond Aceto, encontram um grupo de feiticeiras. Macbeth é saudado como futuro Rei da Escócia, e Banquo, como o pai de um rei. Ao saber disso, Lady Macbeth (cantada pela soprano Liudmyla Monastryrska) manipula o marido e o induz a assassinar o rei Duncan, assumindo o trono e fazendo cumprir a primeira profecia. O casal também trama a morte de Banquo, mas o filho do general foge. Macbeth passa a viver atormentado por sua consciência e pela possibilidade de perder a coroa para o filho do amigo que mandou matar. A produção de Phyllida Lloyd realça as motivações dos Macbeths, bem como o amparo da Justiça para suas vítimas. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Rede (www.cinemark.com.br) ou na bilheteria dos cinemas. Os valores são de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).

Cinema – Estreias

Homens de Preto 3 – MIB 3(***)
(Men in Black 3), de Barry Sonnenfeld, 2011, EUA, 106 minutos


A mais divertida bobagem inventada pelo cinema americano nos últimos anos volta com tudo, 10 anos depois da fracassada continuação. O terceiro filme da franquia retorna à boa forma da estreia com muitos efeitos especiais, monstros e humor. A série se baseia nos quadrinhos de Lowell Cunningham sobre uma organização de agentes secretos que têm a missão de manter os eventos paranormais e os seres extra-terrestres sob controle na Terra, tudo com a finalidade de deixar a população tranquila. O primeiro filme foi um sucesso estrondoso de crítica e de público. Era um grande filme de ação que marcava o final do século XX e que permanece vivo como referência em diversão. A fórmula parecia perdida, mas o diretor Sonnenfeld — autor dos três filmes — reencontrou-a. À dupla original de heróis — Will Smith e Tommy Lee Jones — , juntam-se Josh Brolin e Emma Thompson.

Cópias 3D dubladas:
No Cineflix João Pessoa 1, ás 14h30, 17h e 19h30.
No Cineflix Total 1, ás 14h25, 16h55 e 19h25.
No Cinemark Barra Shopping 5, ás 13h50 e 18h40.
No Cinemark Ipiranga 4, ás 13h20, 16h, 18h30, 21h e 23h30.
No GNC Iguatemi 5, ás 14h e 16h30.
No GNC Praia de Belas 1, ás 14h e 16h30.
No Unibanco Arteplex 1, ás 13h.

Cópias 3D legendadas:
No Cineflix João Pessoa 1, ás 22h.
No Cineflix Total 1, ás 21h55.
No Cinemark Barra Shopping 4, ás 12h10, 14h40, 17h40, 20h10 e 22h30.
No Cinemark Barra Shopping 5, ás 16h15 e 21h10.
No Cinemar Ipiranga 3, ás 14h20, 16h50, 19h30, 22h e 00h20.
No GNC Iguatemi 5, ás 19h15 e 21h40.
No Unibanco Arteplex 1, ás 15h10, 17h20, 19h30 e 21h.

Cópias convencionais dubladas:
No Arcoíris Boulevard 1, às 14h40, 17h, 19h10 e 21h20.
No Arcoíris Bourbon 1, às 14h40, 17h, 19h10 e 21h20.
No Arcoíris Rua da Praia 1, ás 13h, 15h10, 17h20 e 19h30.
No Arcoíris Victória 1, ás 13h30, 15h35, 17h40 e 19h45.
No Cineflix João Pessoa 4, ás 14h, 16h30, 19h10 e 21h30.
No Cinemark Barra Shopping 6, ás 13h 15h40, 18h20 e 20h40.
No Cinemark Ipiranga 7, ás 12h10, 14h40, 17h20, 20h e 23h.
No GNC Iguatemi 3, ás 13h15, 15h20, 17h30,19h40 e 22h.
No GNC Lindoia 1, ás 14h, 16h30, 19h10 e 21h45.
No GNC Praia de Belas 5, ás 13h15, 15h20, 17h30, 19h40 e 22h.

Cópias convencionais legendadas:
No Cineflix Total 4, ás 14h, 16h20, 19h10 e 21h30.
No Cinemark Barra Shopping 3, ás 14h10, 16h50, 19h20, 21h50 e 00h10.
No Cinemark Ipiranga 8, ás 13h50, 16h20, 19h10, 21h30 e 23h50.
No GNC Iguatemi 4, ás 13h30, 15h40, 17h50, 20h e 22h10.
No GNC Praia de Belas 4, ás 13h30, 15h40, 17h50, 20h e 22h10.
No Unibanco Arteplex 4, ás 13h20, 15h30, 17h40, 19h50 e 22h.

Girimunho (****)
de Helvécio Marins Jr. e Clarissa Campolina, 2011, Brasil / Espanha / Alemanha, 90 minutos


No sertão de Minas Gerais, Bastu, uma senhora de longos cabelos grisalhos, acaba de perder seu marido. Acontece que Bastu continua ouvindo-o pela casa, como se o morto não quisesse partir. Esse luto não declarado, disfarçado de paranormalidade, pode servir de chave para o espectador assistir a Girimunho com o olhar ideal de quem desconfia de tudo que está diante dos olhos. Bastu é uma “especialista em ser feliz”. Ela acredita que um peixe dourado a protege. Misto de personagem de si mesma e de mulher real, esta ficção documental é uma história que trata da morte de uma forma sensível e delicada. “Há quem diga que o filme é muito regional, que tem este universo de Guimarães Rosa. É fato. Mas também é fato que o interesse que Girimunho tem despertado em plateias de festivais internacionais pelo qual tem passado é também prova de que é uma história universal”, comenta o diretor Helvécio Marins.
http://youtu.be/T-mCGeBOlVA
Na Sala Paulo Amorim, às 16h10 e 19h20.

Adorável Pivellina (***)
(La Pivellina), de Tizza Covi e Rainer Frimmel, 2009, Áustrai / Itália, 100 minutos


Patty e seu marido Walter são artistas de circo que vivem num camping nos arredores de Roma. Num dia de inverno, Patty encontra, abandonada e quase congelada num parque infantil, uma menina de dois anos com um bilhete de uma mãe desesperada. Ela pede que cuidem da criança. Mesmo contra a vontade de Walter, a mulher resolve manter a criança consigo. Os vínculos ficam cada vez mais fortes até ao dia em que Patty recebe uma carta da mãe da criança a informar que está de regresso. E mais não contamos.

No Instituto NT, às 13h30 e 19h30.

Cinema – Em cartaz

As neves do Kilimanjaro (****)
(Les Neiges Du Kilimandjaro), de Robert Guédiguian, 2011, França, 107 minutos


As neves do Kilimanjaro é um livro de contos de Ernest Hemingway, um péssimo filme de Henry King com Ava Gardner, mas também é a canção de Pascal Danel, a preferida do casal formado por Ariane Ascaride e Jean-Pierre Darroussin, colaboradores habituais do diretor Guédiguian neste novo As neves. Como sempre, a história se passa em Marselha, cidade natal do cineasta. “Marselha tem vários pequenos signos que, unidos, formam as imagens que busco para meus filmes. Ao filmar ali, estou falando a minha língua.” Guédiguian é um homem de esquerda e seus filmes reafirmam exemplarmente tal fato. Líder sindical, Michel (Darroussin) não precisaria participar do sorteio que escolheria 20 pessoas a serem demitidas, mas ficar de fora não condizia com sua postura ética. Assim, evitando o privilegio, Michel acaba demitido. Como se estivesse aposentado, ele segue a vida tranquilamente dedicando-se à família. Porém, essa tranquilidade será abalada e mais não devemos contar. Independente da posição política, há quem odeie o cinema de Guédiguian. Não é nosso caso, apesar de acharmos que ele deveria caprichar mais na direção dos atores. Com Ariane Ascaride, Jean-Pierre Darroussin, Gérard Meylan, Marilye Canto e Grégoire Leprince-Ringuet.

No GNC Moinhos 3, às 19h30.

Romance de formação (****)
de Julia De Simone, 2011, Brasil, 75 minutos


Belo documentário sobre quatro jovens que decidem crescer profissionalmente em instituições acadêmicas. O dia-a-dia deles, seu sonhos e decepções são mostrados neste documentário de tema muito original, com personagens interessantes e excelente acabamento. Muito acima da média é o trabalho da diretora estreante Julia De Simone com a parceria dos diretores-assistentes e roteiristas Aline Portugal e Marcelo Grabowsky. São quatro brasileiros vivendo em grandes centros de ensino superior. Em busca de uma excelência profissional distante da realidade da maioria dos compatriotas, eles vão a instituições como as universidades de Harvard e Stanford, a escola de música de Karlshure, na Alemanha, e o IME (Instituto Militar de Engenharia), no Brasil.

No Unibanco Arteplex 8, às 20h10.

Albert Nobbs (***)
(Albert Nobbs), de Rodrigo García, 2011, Reino Unido / Irlanda, 113 minutos


Albert Nobbs trabalhou por 30 anos como garçom. Era perfeito, pontual, preciso, verdadeiramente impecável. Porém, na verdade Nobbs (Glenn Close) era uma mulher que vivia como um homem, Fazia isto para encontrar trabalho na conservadora sociedade irlandesa do século XIX. Enquanto trabalhava, ia poupando algum dinheiro com o objetivo de abrir uma tabacaria com o montante. Seu segredo é maculado quando a dona do hotel onde trabalha contrata um pintor para dar um jeito em algumas paredes e o coloca para dormir no mesmo quarto do garçom. Albert Nobbs tem aquele ambiente de filme europeu de época, com poucos mas importantes acontecimentos e muitos silêncios. As atuações de Close e Janet McTeer são arrebatadoras. Com Glenn Close, Janet McTeer e Mia Wasikowska.
http://youtu.be/BQJjxn6RUKI
No GNC Moinhos 3, às 14h30, 17h e 21h50.
No Guion Center 1, às 22h10.

Luz nas Trevas (***)
de Helena Ignez e Ícaro Martins, 2010, Brasil, 83 minutos


Luz nas Trevas é a continuação de um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro, O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla. O filme tem a direção da ex-esposa de Rogério, falecido em 2004, Helena Ignez, e narra a trajetória do criminoso Jorge Bronze, mais conhecido pelo apelido de Tudo-ou-Nada (André Guerreiro) filho do famoso Bandido de Luz Vermelha (Ney Matogrosso). Este, décadas atrás, assaltava casas de ricaços ganhando status de ícone em alguns jornais. A história foi adaptada do roteiro escrito por Rogério Sganzerla. Usando imagens de outros filmes de Sganzerla, o filme é ousado: os atores se dirigem ao público, o protagonista manda o narrador calar a boca, etc., comprovando que Ignez não foi apenas esposa de Rogério, mas principalmente atriz de Júlio Bressane. Há humor e poesia neste belo trabalho cuja direção é dividida com Ícaro Martins.

Na Sala P.F. Gastal, às 15h, 17h e 19h.
No Santander Cultural, às 15h, 17h e 19h.

As Idades do Amor (***)
(Manuale d’am3re), de Giovanni Veronesi, 2011, Itália, 125 minutos


Da série de filmes italianos Manuale d’Amore, só o primeiro, Manual do Amor (2005) chegou ao Brasil. Este terceiro filme chega a nós por uma simples razão: há Robert De Niro no elenco. Porém, segundo a concepção envergonhadamente egoísta e machista deste que vos escreve, De Niro não interessa. Ora, um filme com Monica Bellucci é algo que não se discute — a gente vai, gosta, sonha e pronto. Mas devemos ser sérios e deixar claro que As Idades do Amor não é um grande filme. É uma comédia italiana apenas simpática que trata sobre as diversas fases do amor. É um tríptico. Em Juventude, Roberto é um jovem e ambicioso advogado que está prestes a se casar com Sara. Extremamente organizado em sua vida, ele começa a perder o controle da situação quando conhece Micol, bela e provocante mulher de uma pequena vila na Toscana. Em Maturidade, Fabio é um apresentador de televisão. Marido perfeito há 25 anos, ele encontra Eliana, uma mulher cheia de surpresas. Em Além, Adrian é um professor americano de História da Arte que se muda para Roma após o divórcio. Ele é amigo de Augusto, porteiro do prédio onde mora e cuja bela filha (la Bellucci) está prestes a quebrar sua existência pacífica. O professor americano é Robert De Niro que demonstra dificuldades não apenas com a língua italiana, mas em adaptar-se ao gênero de filme proposto por Veronesi.

No Guion Center 3, às 16h45.
No Instituto NT, às 15h20.

Raul — o início, o fim e o meio (****)
de Walter Carvalho e Leonardo Gudel, 2011, Brasil, 120 minutos


Documentário sobre vida e obra de um dos nomes mais importantes do rock brasileiro, o filme cobre a trajetória do músico baiano que morreu de pancreatite aguda, em 1989, aos 45 anos, e que possui até hoje uma legião de fãs, inclusive dentre as gerações mais jovens. Sua vida é recuperada em 50 entrevistas escolhidas entre 94 depoimentos e 400 horas de material gravado. Suas muitas facetas, as parcerias com Paulo Coelho, seus casamentos e a opinião de seus fãs, tudo está no documentário, que é excelente. O diretor Walter Carvalho afirma: “O que me interessa na figura do Raul seria objeto de um seminário. Você tem um compositor, um artista de palco. Tem um tipo de artista que não existe mais. Na época do Raul, que é a mesma do Caetano Veloso e do Chico Buarque, o artista é que era o mercado. Hoje ele é criado pelo mercado. Você coloca um modelito e é vendido com um viés mercadológico”. Verdade. Raul Seixas foi uma figura única, nada fabricada.

No Guion Center 2, às 21h30.

Xingu (****)
(Xingu), de Cao Hamburger, 2012, Brasil, 103 minutos


No começo dos anos 1940, os paulistas Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas deixaram para trás uma vida classe média em São Paulo, indo para o local onde passariam a maior parte de sua vida, a selva amazônica, onde imprimiriam sua marca como sertanistas. Xingu recupera uma parte da imensa herança do trio. Orlando e Cláudio foram os mais famosos, em função da morte precoce do caçula Leonardo, em 1961. Orlando morreu em 2002, Cláudio, em 1998. O filme supera dois grandes desafios ao humanizar cada um dos irmãos e deixar clara sua inquestionável defesa dos indígenas, que culminou na criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961 – um verdadeiro milagre, que completou 50 anos mesmo diante do assédio de latifundiários e posseiros. Orlando era uma espécie de negociador permanente com os sucessivos governos do país: Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros (no governo de quem se criou o Parque do Xingu), João Goulart e os presidentes militares pós-golpe de 1964. Se fica em primeiro plano a afeição entre os três irmãos, também explodem as diferenças que os separam em diversos momentos da vida — como o conflito com Leonardo por seu envolvimento com uma índia que culmina em sua expulsão do projeto. Cláudio também nem sempre vê com bons olhos as negociações e concessões de Orlando junto aos políticos. Com João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat e Maria Flor.

Na Sala Paulo Amorim, às 14h20 e 17h20.

Habemus Papam (****)
(Habemus Papam), de Nanni Moretti, 2011, Itália / França, 102 minutos

O novo papa eleito (Michel Piccoli) sofre um ataque de pânico no momento em que deveria aparecer na varanda da Praça de São Pedro para saudar os fiéis, que esperaram pacientemente o veredito do conclave. Seus conselheiros, incapazes de convencê-lo de que é o homem certo para o cargo, procuram a ajuda de um conhecido psicanalista ateísta (Nanni Moretti). Trata-se de uma situação extremamente tensa! Algo que apenas o cardeal poderá enfrentar! O que fazer? O papa assume ou não o cargo? A imprensa de todo o mundo pressiona para saber o nome do eleito! Sempre inteligente e engraçado, Moretti faz uma comédia que ironiza religião e psicanálise. O novo papa é interpretado pelo notável Michel Piccoli, que dá vida à psicologia muito especial do cardeal Melville. Moretti: “As pessoas esperavam um filme denúncia sobre as atrocidades do Vaticano. Todos conhecemos os escândalos financeiros, a pedofilia que grassa e a crise de autoridade da igreja. Estes são bons motivos para falar de outro ponto de vista, de fazer uma comédia de uma perspectiva mais filosófica e humana do que religiosa”.

No Instituto NT, às 17h35.

O Porto (****)
(Le Havre), de Aki Kaurismäki, 2011, Finlândia / França / Alemanha, 93 minutos


Marcel Marx (André Wilms) é um escritor aposentado que se exilou voluntariamente na cidade portuária de Le Havre, onde exerce a profissão de engraxate. Ele abandonou toda e qualquer ambição literária e vive num mundo formado pelo restaurante da esquina, seu trabalho e sua esposa Arletty (Kati Outinen). Inesperadamente, o destino coloca bruscamente em seu caminho um jovem imigrante africano ao mesmo tempo que sua esposa fica gravemente doente. A questão do imigrante ilegal: até onde ir, ciente de que estaria burlando a lei ao ajudar uma pessoa nessas condições. Um belíssimo filme para quem gosta de ver boas histórias realistas. Kaurismäki é excelente diretor e realiza uma narrativa puramente cinematográfica sobre a postura francesa diante da imigração. Com André Wilms, Kati Outinen, Jean-Pierre Darroussin, Blondin Miguel, Elina Salo e Jean-Pierre Léaud (em rara e grata aparição).

No Sala Norberto Lubisco, às 17h15.

Exposições e Artes Plásticas

A voz da roupa
Na Galeria dos Arcos na Usina do Gasômetro, João Goulart, 551
De terça a domingo, das 9h às 21h.
Até 10 de junho

Uma exposição que une fotografia, arte e moda para confrontar a dura realidade dos trabalhadores do país com a perfeição inatingível imposta pelas imagens de editoriais e ensaios: é esta a proposta de A Voz da Roupa, projeto criado pelo estilista Régis Duarte e pelo fotógrafo Tiago Coelho, que tem abertura no dia 10 de maio, quinta-feira.
São ensaios fotográficos de trabalhadores de diferentes áreas – nenhuma delas ligada à moda ou à comunicação – em dois momentos distintos: o primeiro, em linguagem documental, busca mostrá-los em seus ambientes de trabalho, e o segundo, em estúdio, retrata-os vestindo conceitos visuais de estilistas gaúchos que vem se destacando no mercado. São eles: Debora Ydalgo, Greice Antes, Vinicius Amorim, Vitoria Cuervo, Mauricio Placeres, Gustavo Werner, Carolina Motta Nunes e o próprio Régis Duarte. (Fonte: CoolGuide).

Pintura e Desenho — A Novíssima Geração
No Museu do Trabalho, Rua dos Andradas, 230
De terça-feira a domingo, das 13h30 às 18h30. Até 17 de junho

“Pintura e Desenho – A Novíssima Geração” chega em sua 3º edição assumindo a condição de vitrine para os jovens artistas locais. Em 2012, o edital contou com 62 inscritos, dos quais 13 foram selecionados para a mostra coletiva, a ser inaugurada na Galeria do Museu do Trabalho, no dia 12 de maio deste ano. O júri foi composto pelos profissionais da área artística Eduardo Haesbaert, Eduardo Veras, Gelson Radaelli, Richard John e Teresa Poester, que, ao longo de mais de 4 horas, debateram sobre as obras enviadas, chegando à decisão sobre os classificados: Ananda Kuhn (27 anos), Andrés Stephanou (19), Carine Krummenauer (20), Carolina Marostica (20), Gustavo Assarian (19), Juliana Scheid (27), Leandro Brandelli (24), Marcos Fioravante (22), Mariana Riera (29), Marina Guedes (26), Raquel Magalhães (21), Renan Santos (27) e Ricardo Pirecco (28). Ananda Kuhn foi a indicada pelo júri para realizar uma exposição individual no Museu, no ano de 2013, conforme o regulamento. Em sua primeira edição, em 2003, a “Novíssima” recebeu 22 inscrições, classificando para a coletiva 7 artistas, e proporcionando uma individual para a artista Philomena Bohnemberger. Já na segunda edição, em 2008, foram enviadas 43 inscrições, sendo 5 os escolhidos para a coletiva, e Talita Hoffmann a eleita para a individual. Entre os inscritos para a III Edição da “Novíssima Geração” constaram alunos do Instituto de Artes da UFRGS, Feevale, ESPM, Ulbra, Atelier Vera Wildner e Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Imagens da mostra — que é excelente — aqui.

Série “Banheiros”, de Mariane Rotter
No Espaço Maurício Rosenblatt – 3º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Segundas, a partir das 14h; de terças a sextas, das 9h;
finais de semana e feriados, das 12h. Encerramento sempre às 21h.
Até 17 de junho

Na exposição contemplada com o I Prêmio IEAVI – Incentivo à Produção de Artes Visuais, a artista apresenta fotografias de banheiros públicos e privados, onde se fotografa em frente às diversas pias e espelhos e onde na maioria das vezes não se vê refletida, por estarem dispostos a uma altura superior à sua. Graduada em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes Visuais da UFGRS, tem mestrado em Poéticas Visuais.Participou de seis coletivas, como “Entre Línguas” (2011), na Laneira, em Pelotas; “Pequena Distância” (2008), na UNB, em Brasília eem Porto Alegre, de “Conjunto (3)” na Galeria Lunara e “Câmera Rasgada”, na Galeria dos Arcos, ambos na Usina do Gasômetro, em 2007. Ganhou os prêmios no 3º Salão de Arte Cidade de Porto Alegre (2002), da Usina do Gasômetro e Fiat Mostra Brasil (2006), no Porão das Artes, no Ibirapuera (SP).

Tadeusz Lapinski
No Paço Municipal, Praça Montevidéu, 10
Até 25 de maio – De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h

Artista reconhecido internacionalmente e premiado em várias partes do mundo, o polonês Tadeusz Lapinski esteve em Porto Alegre, entre 1967 e 1969, onde produziu imagens que inovaram e renovaram o panorama local das artes plásticas, dominado, até então, pela arte figurativa. Realizou mais de 150 exposições em todo o mundo e suas obras estão no acervo de importantes museus.

Leonilson – Sob o peso dos meus amores
Fundação Iberê Camargo — Av. Padre Cacique, 2000
Até 3 de junho

Um dos expoentes da arte contemporânea brasileira, o cearense José Leonilson, ganhará uma retrospectiva à altura do seu talento na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Entre 15 de março e 3 de junho de 2012, o museu apresenta a exposição Sob o peso dos meus amores, concebida pelo Itaú Cultural no primeiro semestre de 2011, em São Paulo. Embora as diretrizes da curadoria permaneçam as mesmas, quase um terço das obras que serão expostas em Porto Alegre estava ausente na montagem original. É a primeira mostra de Leonilson com este porte na capital gaúcha, que há mais de três décadas não recebe uma individual do artista. Nesta reedição, a exposição ganha um conjunto de ilustrações realizadas entre 1991 e 1993 para a coluna da jornalista Barbara Gancia no jornal Folha de São Paulo. “São cem desenhos que comentam o cotidiano da cidade de São Paulo, do país e do mundo de forma irônica e com humor”, descreve o cocurador Ricardo Resende, também consultor do Projeto Leonilson e diretor geral do Centro Cultural São Paulo. Parte importante da obra de Leonilson, esses trabalhos contrapõem a ausência de uma instalação na Capela do Morumbi, remontada em seu sítio original em São Paulo, e de outras obras que foram substituídas nesta segunda versão de Sob o peso dos meus amores. (Fonte: Diário Popular, Pelotas).

Conjuro do Mundo — As Figuras-cesuras de Iberê Camargo
Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 10 de junho

Com curadoria de Adolfo Najas, crítico de arte e curador espanhol radicado há anos no Brasil, a mostra destaca o último período do artista, dos anos 1980 até sua morte, em 1994, dando especial atenção para os trabalhos de desenho e técnica mista. Muitas das obras escolhidas por Montejo foram pouco vistas até hoje, e configuram um espaço por vezes surpreendente da produção do artista – nelas, Iberê misturava matérias-primas como guache, grafite, nanquin, lápis stabilotone, pastel seco, pastel oleoso, crayon e até caneta esferográfica, tudo em um mesmo desenho. “Estas obras oferecem uma liberdade estética, um imaginário artístico maior e mais heteróclito do que nas pinturas, sempre muito mais pensadas e demoradas”, argumenta o curador. “Elas têm autonomia estética e apresentam certas liberdades (estruturais e cromáticas), e até um approach mais heterodoxo, que as aproxima, surpreendentemente, de obras de outras gerações mais novas. A quase leveza que respiram estes desenhos contrasta com o desassossego das grandes telas. Este é um ponto nuclear e operativo de minha leitura da obra de Iberê Camargo”, explica. (Fonte: Fundação Iberê Camargo)

Teatro

Mulheres Pessegueiro, de e com direção de Patsy Cecato
No Teatro Bruno Kiefer da CCMQ (Adradas, 736)
Sexta e sábado às 21h e domingo às 20h
Até 20 de junho

Foto: Marcelo Nunes

Na família Pessegueiro há toda uma linhagem de homens dedicados à vida militar, mas agora só restam quatro mulheres que sobrevivem de pensões do exército. Elas são prisioneiras de um modelo de vida que não conseguem superar e que as condena à solidão. Apesar de não estarem mais sob o tacão de seus maridos, agem sob regras invisíveis que impedem suas inserções numa nova sociedade cheia de possibilidades. Com Catharina Conte (Manuela Pessegueiro), Áurea Baptista (Betina Pessegueiro), Laura Medina (Maria Lúcia Pessegueiro) e Lourdes Kauffmann (Ione Pessegueiro). A direção é da autora.

Ingressos: R$ 25.

O Coração de um Boxeador
Goethe-Institut Porto Alegre – Auditório
Sexta, sábado e domingo, às 20h, de 4 a 27 de maio

Escrita pelo premiado autor alemão Lutz Hübner, a peça já foi encenada inúmeras vezes em vários países e em vários idiomas, mas é a primeira vez que recebe uma montagem no Rio Grande do Sul. A história trata do encontro entre um velho, ex-campeão de boxe alemão, Léo (interpretado por Sirmar Antunes), totalmente desamparado, e Jojo (com o ator Paulo Rodriguez), um jovem desorientado, que cumpre pena prestando serviço social no asilo. Considerado um texto ímpar, “O Coração de um Boxeador” traz no seu enredo temas contemporâneos, como o idoso que sofre com o abandono e o preconceito da sociedade, o adolescente que para ser aceito em um grupo precisa passar por provações, além de conflitos amorosos e de gerações, entre outros. Com diálogos vigorosos, o autor fala da vontade dos dois personagens em se ajudar mutuamente na concretização de seus sonhos.

Ingressos: R$ 15,00


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