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4 de maio de 2012
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18:00

Sul21 recomenda exposições, teatro, música e outros filmes que não Os Vingadores

Por
Sul 21
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Milton Ribeiro

Metade das salas de cinema do país foram tomadas por um só filme, Os Vingadores. E preparem-se, porque ainda teremos mais filmes de super-heróis em 2012: aí vem O Espetacular Homem-Aranha. A produção da Marvel que hoje toma conta dos cinemas mostra um quase nada de história, muitos efeitos especiais e severa pancadaria. Pena que a pancadaria não se resuma ao filme e tenha espantado os outros lançamentos. Porém, mesmo assim, encontramos opções, digamos, menos infantis. 

Também haverá outro Batman em 2012, mas a direção será novamente de Christopher Nolan e devemos esperar algo melhor.

Todas as sextas-feiras, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas apenas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. 

Cinema

A Vida dos Peixes (****)
(La Vida de los Peces), de Matías Bize, 2010, Chile / França, 84 minutos


A sinopse dá a impressão de coisa já vista, de um clichê, mas o filme de Matías Bize é original e excelente. Andrés (Santiago Cabrera) vive na Alemanha há dez anos. Trabalhando numa revista de turismo, viaja muito e é solitário. Antes de se instalar definitivamente em Berlim, ele decide fazer uma viagem ao Chile para resolver algumas pendências. Durante sua estadia, vai ao aniversário de um antigo amigo e reencontra Beatriz (Blanca Lewin), seu antigo amor, agora casada e mãe de duas filhas. O filme é de total simplicidade e se sustém pelo notável roteiro de Bize e Julio Rojas. Os diálogos das personagens são francos, inteligentes e atingem o espectador por tratar de um assunto comum a todos: os relacionamentos amorosos. Para completar, a química entre os protagonistas é perfeita, lembrando o casal formado por Julie Delpy e Ethan Hawke em Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol.

No Guion Center 2, às 14h35, 18h e 21h30.

Luz nas Trevas (****)
de Helena Ignez e Ícaro Martins, 2010, Brasil, 83 minutos


Luz nas Trevas é a continuação de um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro, O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla. O filme tem a direção da ex-esposa de Rogério, falecido em 2004, Helena Ignez, e narra a trajetória do criminoso Jorge Bronze, mais conhecido pelo apelido de Tudo-ou-Nada (André Guerreiro) filho do famoso Bandido de Luz Vermelha (Ney Matogrosso). Este, décadas atrás, assaltava casas de ricaços ganhando status de ícone em alguns jornais. A história foi adaptada do roteiro escrito por Rogério Sganzerla. Usando imagens de outros filmes de Sganzerla, o filme é ousado: os atores se dirigem ao público, o protagonista manda o narrador calar a boca, etc., comprovando que Ignez não foi apenas esposa de Rogério, mas principalmente atriz de Júlio Bressane. Há humor e poesia neste belo trabalho cuja direção é dividida com Ícaro Martins.

No Cinemark Ipiranga 2, às 13h40.
Na Sala P.F. Gastal, às 17h e 19h.

As Idades do Amor (***)
(Manuale d’am3re), de Giovanni Veronesi, 2011, Itália, 125 minutos


Da série de filmes italianos Manuale d’Amore, só o primeiro, Manual do Amor (2005) chegou ao Brasil. Este terceiro filme chega a nós por uma simples razão: há Robert De Niro no elenco. Porém, segundo a concepção envergonhadamente egoísta e machista deste que vos escreve, De Niro não interessa. Ora, um filme com Monica Bellucci é algo que não se discute — a gente vai, gosta, sonha e pronto. Mas devemos ser sérios e deixar claro que As Idades do Amor não é um grande filme. É uma comédia italiana apenas simpática que trata sobre as diversas fases do amor. É um tríptico. Em Juventude, Roberto é um jovem e ambicioso advogado que está prestes a se casar com Sara. Extremamente organizado em sua vida, ele começa a perder o controle da situação quando conhece Micol, bela e provocante mulher de uma pequena vila na Toscana. Em Maturidade, Fabio é um apresentador de televisão. Marido perfeito há 25 anos, ele encontra Eliana, uma mulher cheia de surpresas. Em Além, Adrian é um professor americano de História da Arte que se muda para Roma após o divórcio. Ele é amigo de Augusto, porteiro do prédio onde mora e cuja bela filha (la Bellucci) está prestes a quebrar sua existência pacífica. O professor americano é Robert De Niro que demonstra dificuldades não apenas com a língua italiana, mas em adaptar-se ao gênero de filme proposto por Veronesi.

No Guion Center, às 14h30,18h50 e 21h10.
No Instituto NT, às 15h e 19h10.
No Unibanco Arteplex 3, às 18h50 e 21h20.

Sete dias com Marilyn (****)
(My week with Marilyn), de Simon Curtis, 2011, Eua / Grã-Bretanha, 99 minutos.


A primeira surpresa deste bom filme é a presença de Michelle Williams no papel principal. A norte-americana não é nada parecida com Marilyn Monroe e então vem a segunda surpresa: em um grande trabalho de atriz, ela nos convence totalmente, fazendo uma bela, sedutora e multifacetada Marilyn. Aliás, por falar em atriz, o elenco de Sete dias com Marilyn é extraordinário: Kenneth Branagh, Judi Dench, Julia Ormond, Toby Jones, Dougray Scott, Emma Watson e o jovem apaixonado Eddie Redmayne. A história efetivamente aconteceu e é a seguinte: no verão de 1956, o jovem Colin Clark (Eddie Redmayne), um jovem vindo de Oxford, trabalha como assistente no set de filmagens de O Príncipe Encantado. Esta produção reunia duas grandes estrelas, Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh) e Marilyn Monroe (Michelle Williams) que, nesta época, estava em plena lua-de-mel com seu novo marido, o dramaturgo Arthur Miller (Dougray Scott). Quando Miller deixa a Inglaterra, Colin passa a mediar os conflitos entre a atriz problema — ela se atrasava para as gravações e não decorava as falas — e o ator e diretor do longa Laurence Olivier. Apaixona-se por Marilyn — assim como todos nós até hoje — e eles passa uma semana idílica com estrela ansiosa para fugir dos holofotes e da pressão do trabalho.

No GNC Moinhos 1, às 14h e 22h.
No Guion Center 2, às 16h10 e 19h40.
No Unibanco Arteplex 6, às 13h, 17h20 e 21h50.

Raul — o início, o fim e o meio (****)
de Walter Carvalho e Leonardo Gudel, 2011, Brasil, 120 minutos


Documentário sobre vida e obra de um dos nomes mais importantes do rock brasileiro, o filme cobre a trajetória do músico baiano que morreu de pancreatite aguda, em 1989, aos 45 anos, e que possui até hoje uma legião de fãs, inclusive dentre as gerações mais jovens. Sua vida é recuperada em 50 entrevistas escolhidas entre 94 depoimentos e 400 horas de material gravado. Suas muitas facetas, as parcerias com Paulo Coelho, seus casamentos e a opinião de seus fãs, tudo está no documentário, que é excelente. O diretor Walter Carvalho afirma: “O que me interessa na figura do Raul seria objeto de um seminário. Você tem um compositor, um artista de palco. Tem um tipo de artista que não existe mais. Na época do Raul, que é a mesma do Caetano Veloso e do Chico Buarque, o artista é que era o mercado. Hoje ele é criado pelo mercado. Você coloca um modelito e é vendido com um viés mercadológico”. Verdade. Raul Seixas foi uma figura única, nada fabricada.

No Guion Center 1, às 21h40.

As praias de Agnès (*****)
(Les Plages d`Agnès), de Agnès Varda, 2008, França, 110 minutos


Um filme delicioso de Agnès Varda. Ela coloca-se em cena entre excertos dos seus filmes, imagens e reportagens. Faz-nos partilhar com humor e emoção o seu percurso desde os primeiros passos como fotógrafa de teatro, depois como cineasta nos anos cinquenta, além de sua vida com Jacques Demy, a militância feminista, as viagens à Cuba, à China e aos EUA, seu percurso como produtora independente, a vida em família e o amor pelas praias. “Estou fazendo o papel de uma velhinha, falante e gorda”, nos diz Varda (aos 81 anos) logo na primeira sequência do filme. Simples, direta e bem humorada, a cineasta expressa seu engajamento, afetividade e humor. O filme se afirma e se justifica em assumida subjetividade. “Se você abrir uma pessoa, irá achar paisagens. Se me abrir, encontrará praias”. E que belas praias, Agnès.

No Guion Center 3, às 16h45.

Xingu (****)
(Xingu), de Cao Hamburger, 2012, Brasil, 103 minutos


No começo dos anos 1940, os paulistas Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas deixaram para trás uma vida classe média em São Paulo, indo para o local onde passariam a maior parte de sua vida, a selva amazônica, onde imprimiriam sua marca como sertanistas. Xingu recupera uma parte da imensa herança do trio. Orlando e Cláudio foram os mais famosos, em função da morte precoce do caçula Leonardo, em 1961. Orlando morreu em 2002, Cláudio, em 1998. O filme supera dois grandes desafios ao humanizar cada um dos irmãos e deixar clara sua inquestionável defesa dos indígenas, que culminou na criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961 – um verdadeiro milagre, que completou 50 anos mesmo diante do assédio de latifundiários e posseiros. Orlando era uma espécie de negociador permanente com os sucessivos governos do país: Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros (no governo de quem se criou o Parque do Xingu), João Goulart e os presidentes militares pós-golpe de 1964. Se fica em primeiro plano a afeição entre os três irmãos, também explodem as diferenças que os separam em diversos momentos da vida — como o conflito com Leonardo por seu envolvimento com uma índia que culmina em sua expulsão do projeto. Cláudio também nem sempre vê com bons olhos as negociações e concessões de Orlando junto aos políticos. Com João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat e Maria Flor.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h10.

Habemus Papam (****)
(Habemus Papam), de Nanni Moretti, 2011, Itália / França, 102 minutos

O novo papa eleito (Michel Piccoli) sofre um ataque de pânico no momento em que deveria aparecer na varanda da Praça de São Pedro para saudar os fiéis, que esperaram pacientemente o veredito do conclave. Seus conselheiros, incapazes de convencê-lo de que é o homem certo para o cargo, procuram a ajuda de um conhecido psicanalista ateísta (Nanni Moretti). Trata-se de uma situação extremamente tensa! Algo que apenas o cardeal poderá enfrentar! O que fazer? O papa assume ou não o cargo? A imprensa de todo o mundo pressiona para saber o nome do eleito! Sempre inteligente e engraçado, Moretti faz uma comédia que ironiza religião e psicanálise. O novo papa é interpretado pelo notável Michel Piccoli, que dá vida à psicologia muito especial do cardeal Melville. Moretti: “As pessoas esperavam um filme denúncia sobre as atrocidades do Vaticano. Todos conhecemos os escândalos financeiros, a pedofilia que grassa e a crise de autoridade da igreja. Estes são bons motivos para falar de outro ponto de vista, de fazer uma comédia de uma perspectiva mais filosófica e humana do que religiosa”.
http://youtu.be/DfJnFDTONvk
No Instituto NT, às 13h e 17h15.

As Mulheres do 6º Andar (***)
(Les Femmes du 6ême Étage), de Philippe Le Guay, 2011, França, 104 minutos


Paris dos anos 60. Jean-Louis Joubert (o excelente Fabrice Luchini) é um corretor da bolsa que leva uma vida tranquila e rotineira ao lado da esposa Suzanne (Sandrine Kiberlain). A vida do casal é alterada quando sua empregada domestica que trabalha com eles há 20 anos se demite. Em seu lugar, é contratada a espanhola Maria Gonzalez (Natalie Verbeke) que passa a morar com a tia e outras conterrâneas no sexto andar do prédio onde ficam os alojamentos dos empregados. Impulsionado pela simpatia da nova contratada Jean-Louis se aproxima de Maria e suas colegas descobrindo uma forma de viver desconhecida para ele. Um belo roteiro para um tema bastante explorado: o da burguesia X proletariado, aqui recontado em ritmo de comédia, sem grandes ranços… Sem receios, Maria abre os olhos Jean-Louis para a situação das empregadas de seu prédio, que vivem em pequenos quartos sem água corrente, chuveiro e com um banheiro coletivo em más condições. Enquanto tenta ajudar as serviçais espanholas, Jean-Louis aproxima-se dessas mulheres.
http://youtu.be/6dkIJjhs9Jo
No Instituto NT, às 21h25.

Drive (*****)
(Drive), de Nicolas Winding Refn, 2011, EUA, 100 minutos


Apenas fartas doses de má política justificam o fato de Drive ter ficado fora dos indicados ao Oscar 2012. É o segundo 5 estrelas deste ano. Ryan “I just drive” Gosling (Tudo pelo Poder) interpreta um dublê de filmes de ação — cenas arriscadas com carros — , que também trabalha em uma oficina mecânica e faz bicos como motorista em assaltos na cidade de Los Angeles. I just drive. Seu personagem é controlado e seguro, quase sem emoções. Então, ele conhece a vizinha do apartamento ao lado (a inglesa Carey Mulligan de Educação) e seu filho Benício. De forma tímida, apaixona-se por ambos. Durante a relação, começa a despontar a personalidade do homem sem nome de Gosling, apenas chamado “The kid” ou “The Driver”. Ele acaba servindo de motorista ao quase ex-marido de Irene (Mulligan), entrando em conflito com um grupo de mafiosos. Ok, a sinopse é desinteressante, mas o filme arrasa. É um filme de ação? Sim, mas sem simplismos ou respostas fáceis. O finla do filme? Não contarei, mas é de elegância impar. As referências? Ora, o Homem Sem Nome vem claramente de Clint Eastwood, o clima retrô é de Tarantino e a brilhante colocação das música parece vir de Refn mesmo, que recebeu o prêmio de melhor Diretor em Cannes pelo filme. Com Ryan Gosling, Carey Mulligan e Bryan Cranston.

No GNC Iguatemi 1, às 19h50.

A Separação (*****)
(Jodaeiye Nader az Simin), de Asghar Farhadi, 2011, Irã, 110 minutos


Uma unanimidade, se você for ver apenas um filme neste verão, a escolha correta é este A Separação. Vencedor do Urso de Ouro em Berlim e do Globo de Ouro norte-americano, A Separação é um monumental filme sobre a situação feminina no Irã. Mas é mais, é um filme universal sobre as relação entre casais, familiares e sobre as camadas de realidade que vão se sobrepondo a cada decisão que tomamos. O filme parte da história da separação de Nader (Peyman Moaadi) e Simin (Leila Hatami). Eles expõem a um juiz cuja face não é mostrada os motivos que os levam a divergir fortemente. Ela quer sair do Irã, enquanto ele deseja permanecer no país para cuidar do pai doente de Alzheimer. Entre os dois, está Termeh (Sarina Farhadi), a filha de 11 anos que, segundo a mãe, terá condições de vida muito melhores fora do país e uma empregada que acusa Nader de ter causado a interrupção de sua gravidez. Todos defendem com veemência suas posições e o espectador se vê dividido entre eles, que apresentam motivos críveis e razoáveis. Não perca. Com Leila Hatami, Peyman Moadi e Sarina Farhadi.

Na Sala Paulo Amorim, às 19h10.

O Artista (***)
(The Artist), de Michel Hazanavicius, 2011, EUA, 100 minutos


O principal favorito ao Oscar de melhor filme chegou aos cinemas de Porto Alegre. O Artista, filme de Michel Hazanavicius, narra a decadência do ator de filmes mudos George Valentin (Jean Dujardin). Ambientada entre 1927 e o início da década de 1930 e filmada em estúdios que recriam a Hollywood da época, a história também acompanha a ascensão de Peppy Miller (Bérénice Bejo), nova estrela do cinema em sua fase sonora. Todo em preto e branco, sem diálogos e apresentado com aquelas cartelas dos filmes mudos, O Artista retrata a mudança pela qual o cinema passou com o advento do som — e suas implicações, sobretudo a queda irreversível de quem não admitiu se adequar aos “novos” tempos. (André Carvalho)
http://youtu.be/Tl7vP3ndik0
Na Sala Norberto Lubisco, às 19h.

Exposições e Artes Plásticas

Série “Banheiros”, de Mariane Rotter
No Espaço Maurício Rosenblatt – 3º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Segundas, a partir das 14h; de terças a sextas, das 9h;
finais de semana e feriados, das 12h. Encerramento sempre às 21h.
Até 17 de junho

Na exposição contemplada com o I Prêmio IEAVI – Incentivo à Produção de Artes Visuais, a artista apresenta fotografias de banheiros públicos e privados, onde se fotografa em frente às diversas pias e espelhos e onde na maioria das vezes não se vê refletida, por estarem dispostos a uma altura superior à sua. Graduada em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes Visuais da UFGRS, tem mestrado em Poéticas Visuais.Participou de seis coletivas, como “Entre Línguas” (2011), na Laneira, em Pelotas; “Pequena Distância” (2008), na UNB, em Brasília eem Porto Alegre, de “Conjunto (3)” na Galeria Lunara e “Câmera Rasgada”, na Galeria dos Arcos, ambos na Usina do Gasômetro, em 2007. Ganhou os prêmios no 3º Salão de Arte Cidade de Porto Alegre (2002), da Usina do Gasômetro e Fiat Mostra Brasil (2006), no Porão das Artes, no Ibirapuera (SP).

Tadeusz Lapinski
No Paço Municipal, Praça Montevidéu, 10
Até 25 de maio – De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h

Artista reconhecido internacionalmente e premiado em várias partes do mundo, o polonês Tadeusz Lapinski esteve em Porto Alegre, entre 1967 e 1969, onde produziu imagens que inovaram e renovaram o panorama local das artes plásticas, dominado, até então, pela arte figurativa. Realizou mais de 150 exposições em todo o mundo e suas obras estão no acervo de importantes museus.

20º Salão Internacional de Desenho para Imprensa
Na Galeria dos Arcos na Usina do Gasômetro, João Goulart, 551
Até 6 de maio

O Salão visa a estimular e divulgar, de forma abrangente, a expressão gráfica aplicada à imprensa, além de atribuir premiações a cada uma das categorias: Cartum, Charge, HQ, Caricatura e Ilustração Editorial. Ao longo de 20 edições o Salão se consolidou como um dos principais meios de promoção da produção gráfica brasileira. Já passaram pelo Salão artistas como: Santiago, Paulo Caruso, Moa, Guazelli e Edgar Vasques, além de contar com a participação de artistas gráficos de vários países como China, Turquia, Alemanha, Ucrânia, Estados Unidos, entre outros.

Além do Apartheid
Galeria Lunara na Usina do Gasômetro, João Goulart, 551
De terça a sexta, das 9h às 21h. Até 13 de maio

A mostra discute raça, sexo e política na África contemporânea. A exposição coletiva que ocupa a Galeria Lunara traz pela primeira vez a Porto Alegre uma pequena mas significativa mostra da arte produzida na África do Sul, seja por sul-africanos ou mesmo por imigrantes vizinhos lá residentes ou tornados conhecidos por galerias daquele país. A mostra inclui nomes consagrados como William Kentridge (já conhecido dos porto-alegrenses por sua participação na Bienal do Mercosul) e David Goldblatt, a jovens expoentes como Dan Halter, Jodi Bieber e Kudzanai Chiunai, passando por Nontsikelelo Veleko, Athi-Patra Ruga e Cameron Platter.

Leonilson – Sob o peso dos meus amores
Fundação Iberê Camargo — Av. Padre Cacique, 2000
Até 3 de junho

Um dos expoentes da arte contemporânea brasileira, o cearense José Leonilson, ganhará uma retrospectiva à altura do seu talento na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Entre 15 de março e 3 de junho de 2012, o museu apresenta a exposição Sob o peso dos meus amores, concebida pelo Itaú Cultural no primeiro semestre de 2011, em São Paulo. Embora as diretrizes da curadoria permaneçam as mesmas, quase um terço das obras que serão expostas em Porto Alegre estava ausente na montagem original. É a primeira mostra de Leonilson com este porte na capital gaúcha, que há mais de três décadas não recebe uma individual do artista. Nesta reedição, a exposição ganha um conjunto de ilustrações realizadas entre 1991 e 1993 para a coluna da jornalista Barbara Gancia no jornal Folha de São Paulo. “São cem desenhos que comentam o cotidiano da cidade de São Paulo, do país e do mundo de forma irônica e com humor”, descreve o cocurador Ricardo Resende, também consultor do Projeto Leonilson e diretor geral do Centro Cultural São Paulo. Parte importante da obra de Leonilson, esses trabalhos contrapõem a ausência de uma instalação na Capela do Morumbi, remontada em seu sítio original em São Paulo, e de outras obras que foram substituídas nesta segunda versão de Sob o peso dos meus amores. (Fonte: Diário Popular, Pelotas).

Conjuro do Mundo — As Figuras-cesuras de Iberê Camargo
Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 6 de maio

Com curadoria de Adolfo Najas, crítico de arte e curador espanhol radicado há anos no Brasil, a mostra destaca o último período do artista, dos anos 1980 até sua morte, em 1994, dando especial atenção para os trabalhos de desenho e técnica mista. Muitas das obras escolhidas por Montejo foram pouco vistas até hoje, e configuram um espaço por vezes surpreendente da produção do artista – nelas, Iberê misturava matérias-primas como guache, grafite, nanquin, lápis stabilotone, pastel seco, pastel oleoso, crayon e até caneta esferográfica, tudo em um mesmo desenho. “Estas obras oferecem uma liberdade estética, um imaginário artístico maior e mais heteróclito do que nas pinturas, sempre muito mais pensadas e demoradas”, argumenta o curador. “Elas têm autonomia estética e apresentam certas liberdades (estruturais e cromáticas), e até um approach mais heterodoxo, que as aproxima, surpreendentemente, de obras de outras gerações mais novas. A quase leveza que respiram estes desenhos contrasta com o desassossego das grandes telas. Este é um ponto nuclear e operativo de minha leitura da obra de Iberê Camargo”, explica. (Fonte: Fundação Iberê Camargo)

Música

Festival de música Noruega-Brasil – A flauta
No StudioClio — Rua José do Patrocínio, 698
Dia 4 de maio, sexta-feira, às 20h30

O terceiro dia do Festival de Música Brasil-Noruega traz os artistas brasileiros Ayres Potthoff (flauta), Michel Dorfman (piano), Fernando Sessé (percussão), Michael George Titt (flauta) e Paulo Bergmann (piano). O concerto de encerramento tem como protagonista a flauta e ficará por conta dos flautistas Michael Titt e Ayres Potthoff.

Programa:

Tom Jobim / Vinicius de Moraes
– Insensatez

Tom Jobim
– Chovendo na roseira
– Radamés y Pele

Moacir Santos
– Agora eu sei

Moacir Santos
– De Bahia ao Ceará

Cesar Camargo Mariano
– Samambaia

Tom Jobim
– Imagina

Pixinguinha
– Rosa
– 1X0

Hermeto Pascoal
– Chorinho pra ele

Severino Araújo
– Espinha de Bacalhau

Egberto Gismonti
– Karate

Edvard Grieg (1843 – 1907)
– Morning Mood
– Spring
– Solveigs Song

Per Hroar Osten (1942 – )
The Four Miniture Seasons
– Spring is coming
– Summer Etyde
– So be it Autumn
– Winter is back

Alan Richardson (1904 – 1978)
Sonatina
– Allegretto
– Lento epressivo
– Allegro vivace

– Encerramento de flautas

Ingressos: R$ 40,00 (público geral) / R$ 30,00 (professores, estudantes e seniores)

4º Concerto Oficial da OSPA
No Salão de Atos da UFRGS — Avenida Paulo Gama, 110, Porto Alegre
No dia 8 de maio, às 20h30

Maestro Roberto Duarte

O programa inclui obras de compositores brasileiros, repertório no qual Roberto Duarte é mestre. Será, certamente, um grande concerto.

PROGRAMA:
Bruno Kiefer: Poema Telúrico
Claudio Santoro: Concerto para Celo
Claudio Santoro: Sinfonia nº 11

REGENTE: Roberto Duarte
SOLISTA: Antonio Del Claro

Ingressos: R$20 (público em geral), R$10 (estudantes e seniors)

Teatro

O Coração de um Boxeador
Goethe-Institut Porto Alegre – Auditório
Sexta, sábado e domingo, às 20h, de 4 a 27 de maio

Escrita pelo premiado autor alemão Lutz Hübner, a peça já foi encenada inúmeras vezes em vários países e em vários idiomas, mas é a primeira vez que recebe uma montagem no Rio Grande do Sul. A história trata do encontro entre um velho, ex-campeão de boxe alemão, Léo (interpretado por Sirmar Antunes), totalmente desamparado, e Jojo (com o ator Paulo Rodriguez), um jovem desorientado, que cumpre pena prestando serviço social no asilo. Considerado um texto ímpar, “O Coração de um Boxeador” traz no seu enredo temas contemporâneos, como o idoso que sofre com o abandono e o preconceito da sociedade, o adolescente que para ser aceito em um grupo precisa passar por provações, além de conflitos amorosos e de gerações, entre outros. Com diálogos vigorosos, o autor fala da vontade dos dois personagens em se ajudar mutuamente na concretização de seus sonhos.

Ingressos: R$ 15,00

Portas do Invisível
Sala Carlos Carvalho da CCMQ, Andradas, 736
Sexta, sábado e domingo, às 20h

O espetáculo resulta do encontro do Neelic com a Cia. Movimento em Falso, e da parceria entre os seus coordenadores, Desirée Pessoa e Marçal Rodrigues, que, juntos, assinam a direção. Com inspiração inicial na exposição O Museu Sensível, ocorrida no MARGS, no início deste ano, com a curadoria de Gaudêncio Fidelis, a obra propõe um olhar sobre a figura feminina, num mundo multifacetado, diante de demandas diversas — tornando a abordagem simultaneamente forte e delicada. A estrutura tem como cerne uma profunda pesquisa de diferentes linguagens artísticas, que culminam na obra cênica. No palco, o conceito de persona é abordado por Desirée Pessoa, que também está em cena como atriz. Os mitos escolhidos como referências de criação são: Medéia, Joana d´Arc, Madalena, Antígona e Lady Macbeth. Através delas, ela desnuda sua atuação ao público, explorando na performance elementos da Antropologia Teatral e Dança-Teatro.

Ingressos: R$ 25, 00 (50% de desconto para estudantes e idosos)

Foto: http://gruponeelic.blogspot.com.br/

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